Após aquisição da participação do Banco do Brasil na plataforma Digio, o Bradesco vem demonstrando colocar em prática seus planos de maior investimento em tecnologia, entrando na competição acirrada das fintechs. Por trás da aquisição restante do banco digital, o Bradesco demonstrou mais apetite em investir no Digio, diz vice-presidente da companhia.
“A gente não podia acelerar mais o negócio porque tinha outro acionista, e o outro acionista às vezes tem uma estratégia distinta da sua”, diz vice-presidente do Bradesco, Marcelo Noronha. “É uma questão de estratégia de cada um, não tem certo ou errado, mas nossa disposição de investir [no Digio] era maior que a do BB”, acrescenta o executivo.
Segundo Noronha, com a conclusão da aquisição, o Digio passará a representar uma nova frente independente de crescimento dentro do conglomerado, que conta ainda com a própria marca do banco, e da iniciativa também no campo digital via banco Next.
O banco informou ter chegado a um acordo para a compra da participação de 49,99% do Banco do Brasil no Digio por R$ 625 milhões. Com a operação, o Bradesco passará a deter 100% do capital social do banco digital, criado pelas duas instituições financeiras em 2015.
A conclusão está sujeita ainda à aprovação do Banco Central e do Cade. Em comunicado ao mercado, o Bradesco afirmou que a aquisição faz parte da estratégia de investir em empresas digitais, buscando diversificar sua atuação e seu público.