A Polícia Federal bloqueou R$ 15,3 milhões de contas na corretora Binance de pessoas ligadas à Braiscompany, segundo informações do “Portal do Bitcoin”.
A Braiscompany teve suas atividades suspensas a pedido do Ministério Público após ser acusada de montar uma pirâmide financeira de R$ 1,5 bilhão.
O detalhe é que o bloqueio afeta as contas de pessoas físicas e não da pessoa jurídica Braiscompany na Binance – já que isso nunca existiu.
Em uma audiência extrajudicial feita antes do colapso da empresa, o advogado que representa a Binance, Thiago Sarandy, disse que a Braiscompany nunca teve uma conta de pessoa jurídica na corretora.
“Estão sendo utilizadas contas de pessoas físicas para operação da Braiscompany, tendo como conta principal a da Sra Fabrícia (mulher do criador da empresa, Neto Ais, e sócia da empresa)”, disse o advogado na época.
O casal fundador da empresa foi alvo de mandados de prisão temporária, mas segue foragido. Além disso, a Justiça também autorizou sequestro de bens e a suspensão parcial das atividades da Braiscompany.
Braiscompany: Popó diz que aplicou valor milionário na empresa
Tetracampeão mundial de boxe, Acelino ‘Popó’ Freitas revelou que aplicou R$ 1,2 milhão na Braiscompany. A afirmação foi feita durante live do dono da empresa, Antônio Neto Ais, no Instagram, segundo o “Portal do Bitcoin”.
A Braiscompany, que diz ter um negócio de “aluguel de criptoativos”, tem atrasado constantemente os pagamentos aos clientes desde dezembro.
O Ministério Público do estado anunciou a instauração de procedimento para apurar um possível calote de R$ 600 milhões pela BraisCompany, segundo informações do jornal O Globo.
Desde dezembro investidores denunciaram o não pagamento de rendimentos pela empresa. Nos últimos dias, o operador retirou o site da empresa do ar, desapareceu e deixou na mão 10 mil clientes, de acordo com o MP-PB.