Transações locais e estrangeiras

Brasil bate recorde nas transações de M&A em 2024

Foto: Canva
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Um estudo da Kroll revela que, em 2024, o Brasil registrou 1.426 transações de fusões e aquisições, um crescimento modesto de 1,86% em relação ao ano anterior, indicando um mercado relativamente estagnado.

Apesar de muitas discussões sobre o baixo valor das empresas brasileiras em dólar, 82,3% das operações foram realizadas por investidores locais, enquanto os estrangeiros participaram com apenas 17,7% dos negócios, uma queda significativa em comparação com anos anteriores, quando o mercado internacional representava até 35% do total.

Perfil dos investidores e setores em destaque

Os investidores estratégicos seguiram sendo os mais ativos, respondendo por 63,5% das transações.

O setor de Tecnologia liderou o número de operações, com 15,5% do total, seguido pela área financeira, que contribuiu com 12,5%. Em 2024, não houve IPOs, e apenas 10 Follow-Ons foram registrados.

O valor total movimentado no mercado foi de aproximadamente R$ 26 bilhões, sendo que a venda da Sabesp representou 56% desse montante. Esse volume corresponde a 63% da atividade de M&A em toda a América Latina.

Nos EUA, o número de transações caiu 20% em relação a 2023, com 13.000 operações, uma redução atribuída ao efeito pré-eleições, mas com expectativas positivas para 2025.

No Brasil, os fundos de Private Equity precisaram adotar uma postura mais cautelosa, especialmente devido às elevadas taxas de juros.

Para os próximos anos, 2025 e 2026 devem trazer grandes desafios para esses investidores, em razão das incertezas políticas e econômicas no país.

BofA: M&As no setor de educação do Brasil parecem desafiadoras 

O ambiente para fusões e aquisições (M&As) no setor educacional brasileiro parece desafiador no curto prazo, avaliou o BofA (Bank of America). Isto devido às mudanças regulatórias no ensino a distância, “valuations” historicamente baixos dentro do setor e altos níveis de alavancagem.

O relatório dos analistas do BofA focou na potencial fusão entre Yduqs (YDUQ3) Cogna (COGN3), mas inclui também relatos envolvendo Vitru (VTRU3), Cruzeiro do Sul (CSED3) e Yduqs.

Na visão dos analistas Flavio Yoshida, Mirela Oliveira e Gustavo Tiseo, possíveis combinações de negócios entre empresas de educação provavelmente exigiria remédios antitruste.

“Especialmente no ensino a distância, enquanto no presencial os desinvestimentos parecem ser menos significativos”, consta em relatório do BofA.