Braskem (BRKM5): Adnoc propõe comprar controle por até R$ 37,5 bi

A operação será feita em parceria com o fundo americano Apollo e apresentada a representantes dos principais credores da Braskem

A estatal Adnoc, de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, ofereceu até R$ 37,5 bilhões pelo controle da Braskem (BRKM5), pertecente a Novonor (ex-Odebrecht), de acordo com informações da “Folha de S.Paulo”. 

A operação será feita em parceria com o fundo americano Apollo e apresentada a representantes dos principais credores da Braskem — Santander (SANB11), Banco do Brasil (BBAS3), BNDES, Bradesco e Safra. Para exercer o controle, a Adnoc quer pagar prêmio de 135% sobre o valor das ações, ou R$ 47 por ação.

Os bancos receberiam parte da dívida de R$ 14 bilhões em dinheiro e a diferença seria convertida em dívida com a nova companhia. O preço de R$ 47 por ação será estendido a todos os acionistas da companhia atualmente, inclusive fundos de investimento com participação minoritária. 

Ainda de acordo com à publicação, a proposta também inclui que a Adnoc assuma o problema causado pela Braskem em Alagoas, onde ocorreu o afundamento do solo em Maceió. 

Por volta de 13h30 (horário de Brasília) desta sexta-feira (5), o papel PNA da Braskem subia 8,17%, na máxima de R$ 20,79.

Braskem (BRKM5): Justiça bloqueia R$ 1,1 bi de contas da empresa

A 16ª Vara de Justiça de Alagoas bloqueou o valor de R$ 1,08 bilhão das contas bancárias da Braskem (BRKM5) a pedido do Governo do Estado, que alegou prejuízos sofridos após o afundamento do solo em cinco bairros de Maceió. A decisão do juiz José Cavalcanti Manso Neto, foi publicada na quarta-feira (19) e ainda cabe recurso.

Em comunicado emitido ao mercado, a Braskem informou “que tomará as medidas pertinentes nos prazos legais aplicáveis e manterá o mercado informado sobre qualquer desdobramento relevante sobre o assunto”.

O dinheiro bloqueado é para garantia do pagamento das indenizações relativas aos danos patrimoniais – materiais e imateriais, sofridos pelo Estado. A ação foi impetrada pela Procuradoria Geral do Estado de Alagoas (PGE).