Braskem (BRKM5): Governo de Alagoas quer participar das negociações

Governo de Alagoas participar das negociações que envolvem a venda da Braskem

O Governo de Alagoas emitiu nota nesta terça-feira (11) criticando o processo de venda da Braskem (BRKM5) e reivindica participar das negociações. Em Maceió, em 2018, houve um afundamento no solo de cinco bairros da capital alagoana em decorrência de mineração feita pela Braskem na região.

“Não faz sentido algum que, justo Alagoas – vitimado pelo mega desastre provocado pela Braskem em Maceió, com reflexos ambientais em todo o estado – seja alijado das negociações, visto o interesse público envolvido de milhares de habitantes do estado”, disse o governo estadual em nota.

De acordo com o governo, o acidente tornou Alagoas o “maior credor da Braskem”. O governo afirma que tem uma dívida que “supera a casa de duas dezenas de bilhões de reais, na soma de todos os atores e locais atingidos”. Segundo o governo, houve a realocação de 17 mil imóveis, 60 mil pessoas tiveram que abandonar suas casas, 3.600 empresas foram fechadas, desempregando dez mil pessoas.

“É imperativo informar aos interessados na aquisição da Braskem que o chamado passivo de Alagoas está ainda longe de ter sua resolução positivamente encaminhada”, disse o governo. 

Petrobras (PETR4) pede mais informações sobre venda da Braskem

A Petrobras (PETR3;PETR4) solicitou, nesta segunda-feira (10), à Novonor, controladora da Braskem, acesso ao virtual data room (sala de dados virtual). Sendo assim, o processo de due diligence (diligência prévia) foi iniciado, em relação a oferta da Unipar (UNIP6) para comprar a petroquímica.

Nesse contexto, a operação está contemplada no acordo de acionistas da Braskem, firmado entre a Petrobras e a antiga Odebrecht, como uma medida para garantir o exercício do tag along ou do direito de preferência, caso ocorra a venda das ações detidas pela Novonor na empresa.

Em suma, a antiga Odebrecht detém 50,1% do capital votante da petroquímica, enquanto os outros 25,6% pertencem à Petrobras. No entanto, em caso de venda, a estatal detém prioridade para comprar a outra parcela.

Vale lembrar que, na última terça-feira (4), a Novonor encaminhou à Unipar um convite para que a empresa inicie o processo de due diligence, a fim de uma possível oferta final vinculativa pela fatia da empresa na Braskem.

Sendo assim, a fabricante de cloro ofereceu R$ 10 bilhões pela participação da empresa. Além disso, a operação inclui o pagamento parcial de dívidas da Novonor junto aos bancos credores e a possibilidade da companhia continuar com uma participação minoritária indireta na Braskem.

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