Braskem (BRKM5): Apollo faz nova oferta pela petroquímica, diz site

A oferta inclui o fechamento de capital da Braskem na B3 e a posterior reabertura na Bolsa de Nova York

A gestora americana, Apollo, realizou uma nova oferta pela Braskem (BRKM5), segundo informações de Lauro Jardim, do “O Globo”. Segundo à publicação, a empresa aceita pagar R$ 50 por ação, uma proposta 25% acima da anterior.

A oferta inclui o fechamento de capital da Braskem na B3, bolsa de valores brasileira, e a posterior reabertura na Bolsa de Nova York.

A oferta anterior da Apollo ocorreu no início de abril, quando a gestora norte-americana fez uma oferta não-vinculante de R$ 44,57 por ação para a fatia que pertence a Novonor (ex-Odebrecht). Na época, o montante respondia a R$ 13,6 bilhões. 

No entanto, o valor oferecido foi considerado baixo. Naquele momento, a petroquímica ainda pretendia fazer a cisão de sua divisão de plásticos para destravar seu valuation. 

Logo após a notícia da oferta ser divulgada, a petroquímica emitiu um comunicado informando que “não é parte de eventuais discussões de seus acionistas sobre a venda das suas participações acionárias”.

A companhia ainda acrescentou que entrou em contato com suas acionistas Novonor e Petrobras.

Além da Apollo, outras companhias se mostraram interessadas na compra da empresa: Unipar, o banco BTG Pactual e a holding J&F Investimentos, controlada por Joesley Batista. A J&F está sendo assessorada pela CF Partners, de Carlos Fadigas (ex-presidente da Braskem).

J&F avalia fazer nova proposta pela Braskem

A J&F, holding de investimentos da família Batista, dona da JBS (JBSS3), está avaliando fazer uma nova proposta para adquirir 100% da petroquímica.

Na primeira semana de setembro, representantes do sindicato de bancos credores da Novonor (ex-Odebrecht), que detém das ações da petroquímica como garantia, se reuniram individualmente com executivos da gestora americana Apollo, BTG Pactual (BPAC11) e J&F para dar um retorno sobre a recusa pelas propostas apresentadas por eles. 

BTG e J&F estavam dispostos a comprar a dívida dos bancos credores, que hoje soma cerca de R$ 15 bilhões, mas pediram pesados descontos. Os bancos não estão dispostos a conceder descontos no valor total das dívidas. 

Já Unipar e grupo Ultra, em parceria com a gestora Lumina, de Daniel Goldberg, correm por fora na disputa. Ambos fizeram proposta para a Novonor em um outro formato. 

Enquanto a Unipar chegou a oferecer R$ 10 bilhões pelos ativos da petroquímica em São Paulo, o consórcio entre Ultra e Lumina propôs, há três meses, fazer um aporte de R$ 1,3 bilhão na companhia, entrando no bloco de controle junto com Novonor e Petrobras. Pela proposta, o consórcio chegaria a 51% de participação em cerca de três anos.

Segundo o “Valor”, a J&F irá rever a proposta e está disposta a comprar 100% da companhia. Aguinaldo Filho e Joesley Batista se reuniram pessoalmente com os envolvidos nas discussões com os bancos e estão empenhados em apresentar “uma oferta mais agressiva”.

Os bancos credores (Banco do Brasil, BNDES, Bradesco, Itaú e Santander) não têm pressa para fechar o negócio – e não descartam dar novo “waiver” (perdão) para a Novonor para discutirem a melhor maneira de se fechar a venda da Braskem nos próximos meses, segundo à publicação.  

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