A J&F, holding dos irmãos Joesley e Wesley Batista, donos da JBS, avançou nas negociações para a compra da Braskem (BRKM5). De acordo com informações do jornal “O Globo”, a Novonor (antiga Odebrecht) não gostaria de vender as ações no preço atual da Bolsa, dado que os papéis acumulam queda de cerca de 25% no ano, cotados a R$ 41,42.
A Novonor tem cerca de R$ 15 bilhões em dívidas, por empréstimos feitos à então Odebrecht, e, por isso, busca um preço melhor pela participação na Braskem. Segundo a publicação, já houve conversas informais com os bancos credores que detêm as ações da petroquímica em garantia.
O banco Morgan Stanley foi contratado pela Novonor para buscar um comprador para sua fatia. O comprador das ações da holding terá de estender a oferta à Petrobras, segunda maior acionista da Braskem, com 47% do capital ordinário e 36,1% do total. A estatal tem direito ao “tag along”, que possibilita a venda das ações que detém nas mesmas condições oferecidas à Novonor, conforme acordo de acionistas da companhia.
Proposta norte-americana pela Braskem
No mês passado, o “Valor Econômico” afirmou que a gestora norte-americana, Apollo Capital, fez uma oferta não-vinculante de R$ 44,57 por ação para a fatia que pertence a Novonor.
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A Braskem, no entanto, emitiu um comunicado negando a negociação. A petroquímica afirmou, em nota, que “não é parte de eventuais discussões de seus acionistas sobre a venda das suas participações acionárias”.
Além da Apollo Capital e da holding controlada por Joesley Batista, Unipar e Banco BTG Pactual também foram citados como possíveis interessados na Braskem.