A Braskem (BRKM5) está em negociações com a Petrobras (PETR4), que também é sua acionista, sobre os preços do gás natural, o que pode levar a uma potencial expansão do complexo petroquímico do Rio de Janeiro (antiga Riopol). A informação foi dada pelo vice-presidente de finanças, suprimentos e relações institucionais da empresa, Pedro Freitas.
“O etano [matéria-prima que é uma fração do gás natural] existe. O que está em discussão é a negociação de como seria esse contrato para eventual expansão no Rio”, afirmou o executivo durante o Braskem Day, conforme apontado pelo Valor Econômico.
Freitas também comentou que a companhia estuda projetos de expansão no Brasil, embora esses sejam menores em termos financeiros. “De mais relevante, vejo o projeto de expansão da central do Rio, que está posicionada exatamente em frente ao pré-sal”, acrescentou.
O executivo destacou que o governo tem avançado na regulamentação do mercado de gás natural, o que deve aumentar a disponibilidade de etano como matéria-prima para a indústria petroquímica.
Em outras frentes, a Braskem tem apoiado a ampliação da capacidade da Wize, produtora de plásticos reciclados cujo controle foi adquirido pela petroquímica, e está avaliando alternativas de investimento em combustíveis sustentáveis para aviação.
Petrobras sinaliza espaço para M&A, mas não quer estatizar Braskem
Fernando Melgarejo, o diretor financeiro e de relações com investidores da Petrobras (PETR4), afirmou existir espaço para que a companhia trate de M&As (fusões e aquisições) com empresas ou projetos voltados para energias de baixo carbono.
No entanto, ele frisou que o foco da Petrobras na descarbonização é o gás e energias de baixo carbono, conforme lógica do plano estratégico anterior. Melgarejo falou com analistas durante teleconferência para apresentar o plano estratégico 2025-2029, nesta sexta-feira (22).
O etanol é o novo “drive” da companhia e a busca é por projetos viáveis e sustentáveis, disse Melgarejo.