A Braskem (BRKM5) negou que está conduzindo eventuais negociações da Novonor (ex-Odebrecht) e Petrobras para a venda da companhia. A empresa respondeu à solicitação da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) de esclarecimentos de que a dona JBS (JBSS3), a J&F, estaria avaliando uma nova proposta para adquirir a petroquímica em sua totalidade.
A CVM havia solicitado esclarecimentos sobre esse item, em que a Braskem deveria confirmar ou não a procedência desses fatos, bem como outras informações que considerasse importantes. A J&F, dona da JBS, é uma holding de investimentos da família Batista.
A petroquímica questionou seus acionistas na última sexta-feira (2) sobre o assunto veiculado inicialmente pelo “Valor Econômico”. A Novonor reiterou que “até o presente momento, não houve evolução material em relação a qualquer alternativa relacionada à alienação de sua participação”.
Já a Petrobras disse que sua participação permanece compondo a carteira de ativos à venda pela companhia, conforme divulgado em seu plano estratégico 2022-2026.
No entanto, a Petrobras reafirma que “não está conduzindo nenhuma estruturação de operação de venda no mercado privado e que não tem conhecimento sobre as negociações mencionadas na matéria”, de acordo com a “Suno”.
Ainda de acordo com à publicação, os representantes do sindicato de bancos credores da Novonor teriam se reunido com executivos da Apollo, BTG Pactual (BPAC11) e J&F, com o intuito de dar um retorno em relação à recusa das propostas apresentadas por eles.
Nome da Braskem segue ligado a potenciais compradores
Não foi a primeira vez que a venda da petroquímica foi assunto na última semana. Segundo Lauro Jardim, do “O Globo”, a Petrobras, controladora da companhia, afirmou não ter recusado nenhuma proposta que teria sido feita pelo BTG Pactual (BPAC11).
A Petrobras disse na ocasião que a participação que a companhia tem na empresa ainda estava na lista de ativos à venda.
Os rumores também foram reforçados no final de julho, quando o “Valor Econômico” informou que mais duas empresas estavam observando os ativos da Braskem: a gestora americana Apollo e a Unipar (UNIP6).