Braskem (BRKM5): Novonor e Petrobras negam venda de participações

Empresas reafirmam posicionamentos anteriores de que não houve alterações nas discussões

A Braskem (BRKM5) publicou na noite de terça-feira respostas de seus acionistas Novonor e Petrobras (PETR4) sobre eventuais tratativas para venda de suas participações na petroquímica para um grupo formado pela estatal de petróleo de Abu Dhabi, Adnoc, e pela norte-americana Apollo. As informações são da Reuters

As empresas reiteraram que não houve mudanças nas discussões sobre a possível venda de suas participações na principal petroquímica da América Latina, de acordo com comunicado da Braskem em resposta aos questionamentos da CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Essa posição reafirma os posicionamentos anteriores das empresas sobre o assunto.

“A Novonor informa que, desde nossas últimas manifestações e até o presente momento, não recebeu qualquer proposta de potenciais interessados que implique em evolução material ou vinculante nas discussões que vem mantendo junto aos cinco bancos detentores da alienação fiduciária de sua participação indireta na Braskem”, afirmou o grupo anteriormente conhecido como Odebrecht.

A Novonor também afirmou que “não esteve reunida com representantes da Apollo/ADNOC no Brasil na semana passada”.

Por sua vez, a Petrobras reafirmou à Braskem que chegou a se reunir com executivos da Apollo e Adnoc, mas que “não está conduzindo nenhuma estruturação de operação de venda no mercado privado e que não houve qualquer decisão da diretoria executiva ou do conselho de administração em relação ao processo de desinvestimento ou de aumento de participação na Braskem”.

Braskem (BRKM5): Apollo e da ADNOC reforçam proposta de compra

Executivos da estatal de petróleo de Abu Dhabi, Adnoc e do Apollo, fundo de private equity americano vieram ao Brasil visitar a Braskem (BRKM5) para reafirmar a proposta feita pela petroquímica.

Nesse sentido, o negócio envolve cerca de US$ 7,2 bilhões, em torno de R$ 35,7 bilhões, nas cotações atuais. O valor da operação considera  R$ 47 por ação para adquirir a participação detida pela Novonor, ex-Odebrecht, na petroquímica, de 50,1% do capital votante. 

Na última terça-feira (29), os executivos que estão à frente das negociações estiveram reunidos com a Petrobras e na última quarta-feira (30), com os bancos credores da Novonor, que controla a Braskem, ao lado da Petrobras, outro sócio da petroquímica.