A Braskem (BRKM5) segregou suas operações de compra e gestão de energia na Voqen, uma empresa independente, segundo o “Valor Econômico”. Ela irá atender tanto a petroquímica quanto a outros clientes, principalmente do mesmo setor, com foco em novos modelos de comercialização de gás e energia e na entrega de soluções de energia renovável que acelerem a transição energética.
Inicialmente 100% controlada pela Braskem, a Voqen nasce com carteira de mais de R$ 3 bilhões por ano em contratos de energia elétrica e gás natural sob gestão, e vai atuar em um mercado disputado por grandes companhias do setor elétrico e empresas independentes, como Comerc e Delta Energia.
De acordo com Gustavo Checcucci, diretor de energia da petroquímica, a proposta da nova empresa é ir além da comercialização de energia.
“Sempre fomos procurados por nossos clientes, de forma natural, para auxiliá-los com soluções em gestão de energia. Agora, vamos ser mais ativos nesse processo”, disse o executivo.
A Voqen é formada por onze profissionais e será liderada por dois executivos vindos da petroquímica. Claudio Lindenmeyer assume a posição de diretor de comercialização de gás natural e Fábio Yanaguita, a de diretor de comercialização de energia elétrica da nova empresa.
Segundo Yanaguita, as soluções serão customizadas conforme as necessidades do cliente e, beneficiando-se do porte da petroquímica, a Voqen poderá viabilizar alternativas mais eficientes de acesso a energia para consumidores menores do que a companhia.
“Pode ser desde viabilizar um parque solar e entregar essa energia para o cliente como uma solução mais sofisticada”, afirmou.
Já Lindenmeyer diz que a nova gestora se propõe a indicar os melhores caminhos para uma matriz energética mais limpa, caso a caso.
Braskem quer valorizar área
Separar a área de energia é possível definir um valor para essa área essencial às operações petroquímicas. Apesar de ainda não fazer parte do plano, é possível que, no futuro, a Voqen poderá receber novos sócios, capitalizar-se via IPO (oferta pública inicial) de ações ou ainda aventurar-se também em geração.
“Vamos começar como empresa 100% controlada pela Braskem, um veículo para viabilizar soluções de energia. O que acontecerá à frente vai depender das necessidades dos clientes. Tudo será analisado”, afirmou Lindenmeyer.