Braskem (BRKM5) irá auxiliar Novonor para vender participação

A Braskem informou que irá ajudar, inclusive, com interações com potenciais interessados

A Braskem (BRKM5) anunciou, nesta quinta-feira (3), que irá auxiliar a Novonor, uma de suas controladoras, no processo de venda de participação societária que detém na empresa. A petroquímica informou que irá ajudar, inclusive, com interações com potenciais interessados.

No mesmo dia, a Braskem recebeu uma correspondência que foi enviada pela controladora Novonor, que está em recuperação judicial, a respeito dos diálogos em andamento para a venda de sua participação na petroquímica.

A antiga Odebrecht alega que “em função das discussões e análises atualmente em curso para eventual transação e como usual em processos dessa natureza, é possível que seja necessária a interação da Braskem com potenciais interessados, para o que solicitamos o apoio por parte da Braskem e dos seus administradores”.

Apesar disso, a empresa informa que, atualmente, não existe qualquer concessão de exclusividade para qualquer interessado, oferta vinculante, assim como qualquer decisão ou definição a respeito da estrutura a ser adotada ou a respeito de qualquer oferta relativa ao processo de venda.

Empresas que foram ligadas à Braskem

Alguns nomes já foram ligados a possíveis compradores da Braskem, tanto da participação da Novonor, quanto da Petrobras (PETR4). Em julho, foi especulado que o BTG Pactual (BPAC11) e a Unipar (UNOP6) haviam buscado deter a parcela da antiga Odebrecht. 

Em setembro, a notícia era que a J&F estaria considerando realizar uma proposta para a aquisição total da petroquímica. Em seguida, foi a vez da gestora americana Apollo Capital, que havia realizado uma oferta para adquirir a parte da Novonor. 

Apesar das especulações, a companhia desmentiu que teria recebido ofertas para a venda da parcela da Braskem.

Venda de parte da Petrobras fica incerta

A venda da fatia da Petrobras (PETR4) na Braskem (BRKM5) tornou-se incerta após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de acordo com informações do “Valor”. A petroleira contratou o banco J.P. Morgan para assessorá-la na operação no ano passado, quando a Novonor (ex-Odebrecht) decidiu vender sua participação.

Com a venda das ações da Novonor, a Petrobras poderá exercer ou não o direito de preferência de aquisição da fatia do sócio, também negociar sua parte ou continuar no negócio. Novonor, com 38,4% do capital total, e Petrobras, 36,15%, fazem parte do bloco de controle da Braskem. 

Ainda de acordo com à publicação, a estatal estava disposta a vender sua participação caso a oferta fosse interessante. Entretanto, com a vitória petista, a expectativa é que a petroleira reavalie o plano de deixar de participar da Braskem, já que o futuro governo já se mostrou contrário a privatizações.