O BRF (BRFS3) está em negociações avançadas para vender cerca de R$ 2 bilhões em precatórios, créditos tributários e ativos judiciais, apontou o Valor Econômico, na terça-feira (16). O BTG Pactual (BPAC11) é um dos potenciais compradores.
Segundo fontes da reportagem, outra alternativa em cima da mesa seria captar recursos no mercado usando esses ativos como garantia e fechar o negócio em um prazo de 45 a 60 dias.
O plano de venda de ativos da BRF foi sinalizado na mesma época em que a empresa divulgou o balanço do quarto trimestre de 2022, à época, a empresa explicou que o objetivo era diminuir a dívida líquida da empresa avaliada em R$ 4 bilhões.
O Bradesco BBI avalia que a potencial venda de ativos não operacionais e da divisão de pet food estaria em linha com os esforços da companhia para reduzir a alavancagem financeira. Além disso, o banco de investimento manteve a recomendação da BRF em compra e preço-alvo de R$ 17, o que representa um potencial de valorização de 156% frente a cotação de fechamento de terça-feira (16) de R$ 6,64.
BRF (BRFS3) tem prejuízo de R$ 1,024 bi no 1T23
A BRF (BRFS3), dona das marcas Sadia e Perdigão, divulgou na última segunda-feira (15) seu balanço do primeiro trimestre de 2023. A companhia reportou prejuízo líquido de R$ 1,024 bilhão entre janeiro e março deste ano, recuo de 35,2% em relação ao mesmo período do ano passado.
Já a receita líquida totalizou R$ 13,2 bilhões no primeiro trimestre de 2023, alta de 9,4% em relação ao mesmo trimestre de 2023.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da BRF, por sua vez, somou R$ 607 milhões nos primeiros três meses deste ano, alta de 300% na comparação anual, com margem de 4,6%.
Nesta terça-feira (16), por volta das 15:30 (de Brasília), as ações da BRF despencavam 6,02%, cotadas a R$ 6,87.