Em comunicado a investidores, a gestora Brookfield afirmou que um possível IPO (oferta pública inicial de ações) da BRK Ambiental poderá abrir caminho para a futura venda de sua participação na empresa de saneamento básico.
A aquisição foi feita em 2016, quando a empresa ainda era Odebrecht Ambiental, no qual a Brookfield detém 70% das ações da companhia. O FI-FGTS, da Caixa, detém a fatia restante de 30%.
De acordo com a carta pública divulgada pela Brookfield Business Partners, a BRK é um de seus “negócios mais maduros”. “Com o progresso significativo feito em nosso plano de criação de valor, estamos agora explorando opções para cristalizar valor para o negócio”, afirmou o grupo.
A gestora também destaca os avanços obtidos pela BRK nos últimos anos, entre eles, a conquista do contrato da região metropolitana de Maceió, em 2020. “Com o desenvolvimento da concessão, esta deverá se tornar uma de nossas maiores operações”, diz a carta.
A primeira tentativa de IPO da BRK não avançou. No final de maio, a empresa pediu registro na CVM. De acordo com o prospecto, o objetivo era ampliar o caixa do grupo para disputar leilões – ainda não havia previsão de venda de ações dos sócios.
Brookfield também analisa vender Arteris
Além da BRK, a gestora também analisa a venda da Arteris, outro investimento no Brasil. A canadense é sócia da operadora de rodovias ao lado da espanhola Abertis desde o fim de 2012.
O processo tem sido conduzido pelo Morgan Stanley, segundo o Estadão. As conversas, porém, ainda estão em fase preliminar de sondagens, de acordo com o Valor. A percepção é que a proximidade com as eleições dificultará um avanço neste momento.
Leia também: Bradesco (BBDC4) veta planos do BTG (BPAC11) para a Braskem (BRKM5)
A Arteris, que pertence a Brookfield, é uma das grandes operadoras de rodovias do país, mas tem sido ausente nos leilões do setor, o que já vinha sinalizando ao mercado que havia ruído entre os acionistas.