A Somos Young, startup que trabalha com um conjunto de soluções para instituições de ensino superior, recebeu um investimento de até R$ 65 milhões por parte do banco BS2. O aporte já é o segundo realizado pelo banco recentemente.
Antes desse investimento, um programa de corporate venture capital de R$ 100 milhões foi lançado pelo BS2, ao mesmo tempo em que um acordo foi firmado com a findtech Bloxs, em maio.
O investimento do banco BS2 foi estruturado através de uma dívida de quatro anos, que pode ser convertida em participação societária.
Futuramente o banco tomará a decisão sobre converter, ou não, a dívida em capital, mas ainda seria uma fatia minoritária na startup, conforme explicou Vinicius Bandeira de Mello, diretor de fusões e aquisições e superintendente de desenvolvimento corporativo do BS2.
BS2 espera crescer no setor de educação e revela outros planos de investimentos
A Somos Young realiza a captação de clientes, relacionamento e cobrança para universidades. A partir da parceria com o BS2, a startup entrará na área de oferta de crédito, indicando clientes ao banco.
Segundo o coCEO, Henrique Borges, no ecossistema da companhia, com mais de 700 instituições de ensino superior, muitas pediam orientação e mostravam demanda por crédito.
A estimativa das empresas, através desse investimento, é que em 12 meses a parceria promova a concessão de até R$ 120 milhões em crédito – para capital de giro e também para o produto chamado “mensalidade garantida”.
“Muitas instituições de menor porte têm necessidade de uma solução integrada de crédito. Entendemos as dores dessas instituições e temos uma proposta de valor muito clara”, comentou Borges.
Juliana Pentagna Guimarães, diretora de desenvolvimento corporativo do BS2, acredita que, além de viabilizar a entrada do banco no setor de educação, o investimento na Somos Young integra a agenda de crescimento inorgânico da instituição financeira.
“Com a Young levaremos às diversas faculdades do País nossas soluções de crédito e cash management, pilares em que somos especialistas. Vamos desburocratizar as rotinas deste setor tão importante”, afirmou a executiva.
“Já temos penetrações importantes em segmentos relevantes da economia, como agronegócio, imobiliário, mas em educação ainda era muito baixa. Isso ocorre não porque não temos os produtos, mas porque não tínhamos como chegar nesses players. Estamos muito felizes com este acordo e vemos bastante espaço para crescer juntos”, acrescentou.
De acordo com ela, o segmento de pagamentos do BS2 movimentou R$ 271,5 bilhões no ano passado, crescimento de 26% quando comparado anualmente.
Novos investimentos devem ser anunciados em breve pelo BS2, dentro de seu programa de corporate venture capital, pois o intuito é empregar o capital em um tempo de 12 a 18 meses.
O aporte de R$ 65 milhões na startup não irá consumir este mesmo volume de capital do fundo.
“Algumas coisas a gente integraliza no fundo, outras ficam parcialmente no balanço do banco, depende do formato do acordo. Mas temos outros investimentos no pipeline”, finalizou a executiva do BS2.