BTG (BPAC11): Esteves crê em Brasil performando bem após "cenário global e político se acalmar"

Presidente do banco aponta que o PIB do Brasil irá crescer algo em torno de 2% neste ano

O presidente do conselho de administração e senior partner do BTG Pactual (BPAC11), André Esteves, avaliou o futuro do País, durante o evento BTG Talks 2022. Para ele, quando o cenário global e político se acalmar, “o Brasil tem as pré-condições para performar muito bem”.

Ele aponta que o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil irá crescer algo em torno de 2% neste ano, ressalta que é “pouco para as nossas ambições e potencial”, mas salienta ser meritório diante do cenário atual. 

“Estamos voando baixo, mas não é voo de galinha, parece ter alguma consistência”, afirmou Esteves, segundo o Valor Econômico. Ele aponta que o país está vindo de um ciclo reformista, o que cria um cenário “mais positivo para investimento e crescimento”.

Quanto a inflação, que passou de 10% nos últimos 12 meses, deve fechar 2022 um pouco abaixo disso, principalmente por conta de algumas reduções tributárias. “A inflação brasileira está no mesmo nível global; estamos vivendo fenômeno global”, disse Esteves. 

Cenário internacional 

Ao falar sobre o cenário internacional, o presidente do BTG afirmou ser difícil imaginar que o cenário inflacionário vá se normalizar tão rapidamente. Esteves afirmou que, de forma geral, os bancos centrais partiram de maneira atrasada para combater a pressão inflacionária, mas que é preciso considerar que o Fed tem muita credibilidade.

“Imaginar que tudo vai se normalizar tão rápido assim, a despeito da credibilidade do Fed, acho uma estimativa um pouco mais otimista do que será a realidade”, analisou Esteves. 

O empresário destaca que o mundo vive o “período de maior inflação dos últimos 40 anos” por conta de uma mudança importante de preços relativos, na esteira de fatores como a expansão fiscal promovida na pandemia, o ciclo de alta dos juros, a guerra na Ucrânia e a transição energética.

Já Roberto Sallouti, CEO do BTG Pactual, observou que a intensificação do ritmo de aperto monetário na última reunião do Fed e a alta sincronizada dos juros pelos bancos centrais conseguiram trazer uma grande reprecificação das expectativas inflacionárias recentemente.

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