
A aquisição da concessão do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, está sendo negociada pelo BTG Pactual com a Invepar (Investimentos e Participações em Infraestrutura), pertencente aos maiores fundos de pensão estatais do país, segundo apuração de Lauro Jardim, do O Globo.
A GRU Airport é a responsável por administrar o maior terminal do Brasil e, atualmente, cerca de 51% de participação da iniciativa privada (Grupar) e 49% da Infraero.
Antes do BTG entrar na briga, a concessão para administrar o Aeroporto de Guarulhos foi vencida pela Grupar em 2012. A empresa é formada com 80% de capital do Grupo Invepar e 20% da Airports Company South Africa (ACSA).
O controle da Invepar está nas mãos de quatro acionistas principais: o fundo de pensão Previ (do Banco do Brasil), o Funcef (fundo de pensão da Caixa), a Petros (fundo de pensão da Petrobras) e o Fundo de Investimento em Participações (FIP) Yosemite, composto por credores da ex-acionista OAS.
A participação de cada um deles no capital da companhia chega a quase 25%.
Além disso, também antes das negociações do BTG, ainda em dezembro de 2024, o contrato de concessão do Aeroporto de Guarulhos foi adiado após a assinatura de um acordo entre a GRU Airport e a Anac (Agência Nacional da Aviação Civil). Isto com a aprovação de um acordo no TCU (Tribunal de Contas da União).
Dessa forma, a vigência do contrato foi prorrogada por mais 16 meses, em contrapartida à realização de R$ 1,4 bilhão em investimentos, segundo o Valor. Tanto o BTG Pactual quanto a GRU Airport não quiseram comentar o caso.
BTG (BPAC11) compra 100% da área de wealth management da JGP
Uma das gestoras mais tradicionais do mercado financeiro, a JGP, teve 100% de sua gestão de riquezas (assets under management) comparada pelo BTG (BPAC11), como mostra documento enviado ao mercado nesta segunda-feira (14).
Os valores não foram revelados, mas, ao todo, a JGP administra R$ 18 bilhões. Após a aquisição, o setor de family office do BTG, que opera desde 2010, passará a gerir mais de R$ 120 bilhões em recursos.
O segmento Weatlh Management do BTG atingiu, ao final do primeiro trimestre de 2025, a marca de R$ 1 trilhão de ativos sob gestão. A área consolida a estratégia de Family Office.
A partir da conclusão, a compra está sujeita à verificação de determinadas condições precedentes, como de costume. Essa etapa inclui também a obtenção da aprovação do BC (Banco Central) e demais aprovações regulatórias necessárias.
André Jakurski, fundador da JGP, seguirá à frente da gestora e atuará como chairman do comitê de investimentos de toda a área de family office do BTG, de acordo com o Brazil Journal, “pelo dever fiduciário que tenho com clientes que atendo desde 2007.”
O executivo também afirmou que decidiu vender a área de wealth porque o mercado está passando por uma consolidação muito forte nos últimos anos.
“E com o fim dos fundos fechados houve uma mudança muito grande nas possibilidades de investimento”, disse Jakurski. O BTG absolverá integralmente a equipe de wealth da JGP.