Os analistas do BTG Pactual reduziram o preço-alvo para os papéis da Cosan (CSAN3), mas ainda reiteram compra. O banco abaixou o preço-alvo de R$ 39 para R$ 30 em relatório divulgado na última sexta-feira (2).
De acordo com o relatório, as alocações de capital da Cosan seguiram um padrão de consistência ao longo dos anos e um novo ciclo de crescimento pode estar quase completo. Contudo, o curto prazo está mais difícil até que a desalavancagem comece.
Os analistas do BTG que assinam o relatório, Thiago Duarte e Pedro Soares, destacaram que a capacidade da Cosan de equilibrar crescimento, diversificação e identificação de bons projetos, mantendo a solidez do balanço, está novamente sendo testada.
Em momentos de aumento do custo de capital, os investidores poderiam exigir um desconto de holding maior novamente, afirmam os analistas.
“Desde o IPO da Raízen, o desconto da holding tem oscilado entre 10-20%, um dos menores entre os conglomerados latino-americanos. Agora com o investimento na Vale, e enquanto ainda estão pendentes novos catalisadores de valor, acreditamos que o desconto pode ser maior. O desconto está agora em 16%”, explicam.
Novo preço-alvo
Segundo os analistas, a agilidade e o histórico de negócios da Cosan, os levaram a descrevê-la como uma empresa que está em transformação. Após isso, a empresa passou a ser descrita como “transformando-se de uma tese de crescimento para uma de valor”.
Por conta dessa diversificação de negócios, fizeram um novo valuation de SOTP (estratégia para avaliar separadamente o valor de cada segmento). Dessa maneira, inclui o impacto do acordo com a Vale (VALE3), bem como uma avaliação preliminar do valor da Compass. As transações recentes com Raízen (RAIZ4), Moove e Rumo (RAIL3), também entraram na conta.