A multinacional de grãos Bunge anunciou nesta terça-feira (13) a fusão com a rival Viterra, que vai formar uma gigante do agronegócio avaliada em aproximadamente US$ 34 bilhões (incluindo dívida).
Conforme o acordo aprovado por unanimidade pelos conselhos de administração das duas empresas, os acionistas da Viterra devem receber aproximadamente 65,6 milhões de ações da Bunge, com valor agregado de aproximadamente US$ 6,2 bilhões e aproximadamente US$ 2 bilhões em dinheiro. Assim, o volume representa uma combinação de aproximadamente 75% de ações da Bunge e 25% de dinheiro.
Como parte da transação, a Bunge assumirá US$ 9,8 bilhões da dívida da Viterra, que está associada a aproximadamente US$ 9 bilhões de estoques altamente líquidos e prontamente negociáveis.
A Bunge pretende iniciar as recompras o mais rápido possível, sujeita às condições de mercado e às regras da SEC sobre restrições comerciais, e espera concluir o plano de recompra em até 18 meses após o fechamento da transação.
A possibilidade de fusão já vinha sendo ventilada na imprensa desde o final de maio. A megafusão com a Bunge colocaria a Viterra entre os principais comerciantes globais de grãos, que incluem gigantes como Cargill e Archer-Daniels-Midland, com acesso a terminais de exportação nos Estados Unidos, um dos maiores produtores e fornecedores de grãos.
A Viterra comprou a norte-americana Gavilon da japonesa Marubeni no ano passado por 1,1 bilhão de dólares, dando-lhe significativamente mais ativos físicos de manuseio de grãos nos EUA e tornando-a a terceira maior exportadora de soja do Brasil, onde a Bunge já tem forte presença.
Operações no Brasil
Em 2022, a Bunge foi a principal exportadora de milho e soja do Brasil, além de ter sido a principal exportadora de matérias-primas para ração animal e biocombustíveis, de acordo com a Cargonave.
Já a Viterra foi a terceira maior exportadora de milho e a sétima maior exportadora de soja. Dessa forma, as empresas representaram cerca de 23,7% das exportações brasileiras de milho em 2022 e 20,9% das exportações brasileiras de soja.
Com informações do Money Times.