Bunge lança fintech com US$ 500 mi para apoiar setor agrícola no país

A nova fintech visa conectar stakeholders do agronegócio com o mercado de crédito, oferecendo dois produtos digitais

A Bunge (NYSE: BG) divulgou nesta terça-feira (30) o lançamento da sua fintech, Fincrop, de crédito rural no Brasil com US$ 500 milhões disponíveis para operações entre revendas e produtores.

De acordo com a Bunge, a nova fintech visa conectar stakeholders do agronegócio com o mercado de crédito, oferecendo dois produtos digitais. O primeiro, é a análise de risco para que revendas do ecossistema da Bunge possam gerenciar sua carteira de clientes. 

O segundo produto oferecido pela fintech será uma solução de crédito que facilita a conexão do mercado financeiro aos produtores de grãos.

Nesse sentido, o novo projeto da Bunge faz parte do plano estratégico da companhia, em que visa consolidar e conectar o agronegócio brasileiro e o mercado de crédito, juntamente com os 20 anos de experiência da companhia em operações chamadas “barter”.

Em suma, as operações de “barter” funcionam pela pelas quais os produtores vendem uma parte de suas safras de maneira antecipada, em troca de insumos agrícolas obtidos nas revendas, uma forma de os agricultores levantarem recursos para suas operações.

Criação da fintech

A diretora de Finanças da Bunge para o Brasil, Florence Shoshany, afirmou que a iniciativa de criar a nova fintech surgiu a partir da demanda, de toda a cadeia de valor, por um produto financeiro que conciliasse risco controlado com componentes ESG comprováveis e verificáveis. 

“Com a Fincrop, reafirmamos nosso compromisso de oferecer soluções inovadoras e eficientes para o agronegócio brasileiro, e damos mais um passo estratégico para aumentar o volume de originação em conformidade com nossos compromissos de sustentabilidade”, afirmou Shoshany.

Desse modo, a fintech vai mirar em critérios socioambientais como ponto central das avaliações de risco. Sendo assim, trazendo mais segurança às revendas de insumos agrícolas parceiras da Bunge para realizar vendas de seus produtos a prazo.

Para Shoshany, o alto nível de adoção de práticas sustentáveis do produtor brasileiro é um ativo extremamente atrativo para investidores. “E nosso propósito é facilitar essa aproximação, ampliando as possibilidades existentes”, destacou a diretora de Finanças da Bunge.