O presidente do Banco C6, Marcelo Kalim, revelou que a instituição registrou seu primeiro lucro mensal na história durante novembro, estimado entre R$ 10 milhões e R$ 20 milhões. Ele destacou o crescimento da receita e a estabilidade das despesas, além da redução das provisões para empréstimos inadimplentes.
“Esperamos que esse resultado positivo não só seja recorrente, mas crescente”, disse ao Broadcast Marcelo Kalim e completa: “Atingimos esse resultado com uma curva de receita crescente, uma curva de custos estável e uma PDD (provisão contra devedores duvidosos) declinante”.
Um equilíbrio entre receitas e despesas foi alcançado após uma revisão rigorosa na concessão de crédito no ano anterior, seguida por uma reestruturação interna no primeiro semestre, visando controlar os custos. Além disso, o banco tem buscado ativamente aumentar o uso de seus produtos pelos clientes, visando gerar uma receita mais substancial.
Kalim ressaltou que a taxa de empréstimos atrasados em pelo menos 90 dias para pessoas físicas diminuiu para 3,7% em novembro, em comparação com 4,6% em junho e 5,2% no último ano. O chefe do banco ainda expressou expectativa de que as taxas de inadimplência e as provisões continuem declinando até março do próximo ano, enquanto os lucros permanecem em ascensão.
De acordo com o CEO do Banco, é possivé que o C6 enfrente perdas no último trimestre deste ano, resultado dos desempenhos em outubro. Ele projeta que o primeiro trimestre de 2024 marcará o início dos lucros para o banco.
O aumento das taxas de juros no Brasil tornou a manutenção dos pagamentos em dia mais desafiadora para os brasileiros altamente endividados, o que resultou em taxas de inadimplência superiores às expectativas, explicou Kalim anteriormente neste ano.
Em 2021, as perdas do C6 atingiram R$ 2,2 bilhões, um aumento em relação aos R$ 692 milhões de 2020. Em agosto, o JPMorgan comunicou um acordo para elevar sua participação no C6 de 40% para 46%.