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Cade aprova fusão entre Petz e Cobasi sem restrição

Aliança deve se tornar definitiva em 15 dias caso não haja manifestação do tribunal do conselho

Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade)aprovou nesta segunda-feira (2) a fusão entre Petz e Cobasi sem restrições
Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade)aprovou nesta segunda-feira (2) a fusão entre Petz e Cobasi sem restrições (Foto: Reprodução/Mercado e Consumo)

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta segunda-feira (2) a fusão entre Petz e Cobasi sem restrições. Caso não haja manifestação do Tribunal do Cade ou recursos, a aprovação se tornará definitiva em 15 dias, disse a Veja Negócios.

O Cade autorizou a integração considerando que se trata um mercado de complexidade baixa para abertura de concorrentes e de um setor tem crescimento acelerado e pulverizado em regiões. Ainda assim o conselho reconhece que existe uma sobreposição entre os mercados varejistas online, serviços veterinários e de cuidados com animais, comércio varejista de animais e comércio varejista de plantas e flores.

“A análise de rivalidade indicou que o mercado de comércio varejista fisíco seria competitivo, por contar com número significativo de concorrentes e ser altamente pulverizado, como uma franja de petshops de pequeno e médio porte grande e efetiva. Além do grande número de agentes especializados, que atua em diferentes formatos (megastores; redes de lojas; por meio de franquias ou não; lojas de pequeno porte ou pet shops de bairro), os players que atuam no mercado de varejo alimentar e agrolojas também são capazes de exercer pressão competitiva sobre parte do portfólio de produtos oferecidos pelas Requerentes.” declarou o órgão

Alerta de concentração excessiva

Uma nota técnica produzida pelo Departamento de Estudos Econômicos (DEE) do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sobre a fusão entre Petz e Cobasi citou riscos à concorrência, especialmente no varejo físico do setor. O documento publicado nesta terça-feira (27) revela o risco de monopólio na visão do órgão.

O relatório foi produzido após pedido da Superintendência- geral do órgão antitruste, registrado na semana passada, buscando uma análise mais profunda da operação antes da aprovação final do acordo.

Segundo analistas do BTG Pactual, um dos destaques da nota do DEE é que, em muitos dos 491 mercados locais analisados, a companhia combinada teria mais de 50% de participação no cenário. Segundo os especialistas o contexto estaria “ultrapassando limites de concentração considerados críticos”.