A Superintendência do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômico) aprovou nesta sexta-feira (08) a aquisição do Hospital Saha pelo CIP (Centro de Infusões Pacaembu), sociedade detida pelo grupo Fleury (FLRY3). O negócio foi anunciado no início de maio por R$ 120 milhões.
Com atuação em infusão de medicamentos imunobiológicos e em assistência médico-hospitalar, o Saha, que tem atuação em Osasco e em São Paulo, teve receita bruta de R$ 156,2 milhões em 2021. O hospital de baixa complexidade tem 30 leitos e cinco salas cirúrgicas.
Nos últimos cinco anos, o Fleury fez 14 aquisições, sendo cinco deles em novos negócios e o restante em medicina diagnóstica. A companhia médica comprou, por exemplo, a Vita, de ortopedia, o Centro de Infusões Pacaembu e a Clínica de Olhos Moacir Cunha, de oftalmologia.
O grupo Fleury alegou ao Conselho que essa compra se apresenta como um movimento estratégico para reforçar sua atuação nos segmentos de infusões de medicamentos e assistência médica e hospitalar.
Com a aprovação, sua receita de infusões de medicamentos imunobiológicos do Fleury, que a companhia construiu ao longo dos últimos anos com a aquisição do Centro de Infusões Pacaembu em 2020, irá dobrar.
O Cade afirma que o aval foi dado visto que a empresa compradora irá ficar com menos de 10% das operações no mercado de saúde em que irá atuar com essa transação.
Nesta sexta-feira, além da venda do Hospital Saha, o Cade aprovou a compra do Banco Modal (MODL11) pela XP (XPBR31). A transação foi anunciada em janeiro deste ano, em negócio que avaliou o banco em US$ 528,5 milhões via troca de ações.
Com a resolução do Cade, os acionistas do Modal se tornarão acionistas diretos da XP, por meio de BDRs (certificados que representam ações emitidas por empresas em outros países, mas que são negociados no pregão da B3). No total, os acionistas do Modal receberão até 19,5 milhões ações da XP.