Cade julga hoje recurso contra decisão de venda da Oi Móvel

A conselheira Lenisa Prado, responsável por relatar o recurso, apresentou voto favorável à operação

O julgamento dos embargos de declaração apresentados contra a venda da Oi Móvel para a Claro, TIM e Telefônica Vivo foi pautado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para esta quarta-feira (9). 

A conselheira Lenisa Prado, responsável por relatar o recurso, apresentou voto favorável à operação da venda dos ativos móveis da Oi.

A Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas (Telcomp), na última quinta-feira (3), recorreu ao CADE afirmando que os termos do Acordo em Controle de Concentração (ACC) negociado pelas empresas com o Cade são diferentes do que aqueles impostos por Prado e informados durante a sessão de julgamento.

Na semana passada, a Algar Telecom também entrou com recurso contra os termos da decisão do Cade, em argumentação semelhante àquela apresentada pela Telcomp.

No início do mês de fevereiro, no julgamento, três conselheiros votaram contra a operação e outros três consideraram que o pacote de “remédios” negociado com as empresas foi suficiente pela maioria do Cade para manter a concorrência no setor. O presidente Alexandre Cordeiro com o voto de minerva desempatou pela aprovação do negócio.

Os termos do acordo são sigilosos e não foram divulgados para o público, no entanto, de acordo com um levantamento realizado pelo do jornal O Estado de S.Paulo, incluem o aluguel de 10% a 15% do espectro adquirido da Oi, entre outras ações.

As empresas também venderão metade das antenas e equipamentos e já pretendiam vender 30% desses aparelhos, contudo, aumentaram a oferta na negociação com o Cade, além de se comprometerem a alugar uma faixa de 900 Mhz, usada em locais de menor densidade populacional, como áreas rurais.