Em tempos de escassez de aportes, a Caju acaba de levantar US$ 25 milhões numa rodada com o objetivo de bancar os planos da startup de cartões de benefício de entrar no mercado de SaaS (Software as a Service), diversificando seu negócio para receitas mais previsíveis e estáveis, segundo o “Brazil Journal”.
A rodada, na qual a Caju levantou o montante, foi liderada pela K1 Investment Management, gestora americana focada somente em empresas de software B2B. Todos os investidores anteriores acompanharam o follow-on, incluindo Valor Capital, Caravela Capital e a FJ Labs.
A startup foi fundada em 2020 com a ideia de melhorar a experiência dos benefícios coporativos. Para isso, criou um cartão que concentra, em um só lugar, todos os benefícios, como vale alimentação, refeição e de cultura, por exemplo, o que permite ao usuário realocar recursos de um benefício para outro.
Em 2021, o volume transacionado na Caju foi de cerca de R$ 1,5 bilhão. A expectativa é de que este número dobre neste ano. A empresa, atualmente, atende mais de 12 mil clientes.
A startup pretende usar os recursos recebidos da rodada para entrar em novas categorias que irão ampliar seu escopo de atuação e suas linhas de receita.
Caju desenvolve software de automação
A startup está desenvolvendo um software de automação de processos voltado para o RH das empresas. Atualmente, as empresas têm que colocar os dados dos colaboradores várias vezes em diferentes sistemas.
Porém, a ideia da startup é oferecer um sistema único que centralize todas essas necessidades dos RHs. Nessa frente, o principal benchmark da Caju é a Rippling, startup americana avaliada em mais de US$ 11 bilhões numa rodada recente com a Bedrock e Sequoia Capital.
Ela ajuda o RH das empresas a gerir a folha de pagamento de seus funcionários, todos os benefícios e o controle do ponto. Porém, o grande diferencial é justamente um sistema central de dados que permite que as empresas administrem informações dos colaboradores em apenas um lugar.
Mesmo criando essa nova vertical, o fundador da Caju, Eduardo del Giglio, afirma que a startup quer continuar crescendo no mercado de benefícios, “onde o oceano ainda é azul”.