Fim da novela?

Câmara do DF aprova aquisição do Banco Master pelo BRB

A operação deve ser concluída ainda nesta semana, após meses, com idas e vindas; essa transação seria a mais relevante do setor bancário nos últimos anos

Foto: Montagem/ABCdoABC
Foto: Montagem/ABCdoABC

A aquisição do Banco Master pelo BRB foi aprovada no primeiro turno pela CLDF (Câmara Legislativa do Distrito Federal), na noite desta terça-feira (19). A votação em segundo turno já começou. O texto foi enviado em regime de urgência pelo governo e a expectativa é de que o BC (Banco Central) dê seu parecer sobre o negócio nesta quarta-feira (20).

A operação, que envolve a compra do Banco Master, deve ser concluída nesta semana, após meses, com idas e vindas. Essa seria a transação mais relevante do setor bancário dos últimos anos.

Conforme o acordo firmado em 28 de março, o BRB pagará R$ 2 bilhões por 58% do capital do Banco Master, incluindo 49% das ações ordinárias e a totalidade das preferenciais.

Galípolo sobre Master-BRB: função do BC é ‘julgar viabilidade’ da operação

“O que cabe ao Banco Central é julgar a viabilidade daquela aquisição”, afirmou Gabriel Galípolo, presidente do BC (Banco Central), ao comentar a operação envolvendo o Banco Master e o BRB. A declaração ocorreu nesta segunda-feira (11), durante reunião do Conselho Político e Social da ACSP.

O BRB anunciou, em 28 de março de 2025, a intenção de adquirir 58% do capital social do Banco Master — incluindo 49% das ações ordinárias e 100% das preferenciais — em um negócio estimado em R$ 2 bilhões.

Análise do Banco Central

“O plano de negócios daquele banco permanece robusto, viável e rentável a partir da aquisição? É isso que o Banco Central tem de testar quando recebe esse tipo de demanda”, explicou Galípolo.

Ele também reforçou que a decisão de compra ou venda cabe exclusivamente aos acionistas. “Mesmo no caso de um banco público adquirindo outro, não é papel do Banco Central julgar a conveniência da operação, mas sim sua viabilidade.”

Prazos e aprovação

Por fim, quanto à aprovação da operação — que já recebeu aval do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) —, Galípolo destacou que o prazo de análise do BC é de até 360 dias após a entrega final da documentação. “Sempre que recebemos novos dados, reiniciamos a análise”, afirmou.

Segundo ele, o processo segue “em ritmo confortável e sob acompanhamento”.