Ozempic / Divulgação
Ozempic / Divulgação

O mercado de canetas emagrecedoras caminha para uma forte expansão no Brasil. A projeção indica que o setor pode dobrar de tamanho e atingir cerca de R$ 20 bilhões em 2026.

Atualmente, o segmento deve encerrar 2025 com movimentação próxima de R$ 11 bilhões. No entanto, o principal gatilho para o crescimento será o fim da patente da semaglutida.

A data-chave é 20 de março de 2026. Nesse dia, expira a patente do princípio ativo do Ozempic, abrindo espaço para versões genéricas mais baratas. Com isso, farmacêuticas brasileiras devem lançar novos produtos. Como resultado, os preços tendem a cair e o acesso ao tratamento pode se ampliar rapidamente.

Hoje, o Brasil consome cerca de 1 milhão de caixas por mês. Ainda assim, o volume atende apenas 2,5% dos adultos obesos no país. Além disso, a chegada da tirzepatida, princípio ativo do Mounjaro, aumenta a concorrência no segmento. Dessa forma, o tratamento deixa de ser um item de nicho.

Por fim, analistas avaliam que o mercado de canetas emagrecedoras pode ganhar escala de massa nos próximos anos, impulsionado por preço, demanda reprimida e novas opções terapêuticas.

Brinde amargo: XP corta Ambev por Ozempic e rivais fortes

Mesmo diante de uma possível recuperação de participação de mercado em 2025, a XP decidiu rebaixar a recomendação das ações da Ambev de ‘neutra’ para ‘venda’, apontando um cenário desafiador para a companhia. Entre os motivos estão o inverno rigoroso, o avanço da concorrência — especialmente da Heineken — e mudanças no comportamento do consumidor.

No relatório intitulado “No happy hour”, a corretora reduziu o preço-alvo do papel de R$ 13,40 para R$ 10,90, projetando um potencial de queda de 12% em relação ao último fechamento.

Os analistas Leonardo Alencar, Pedro Fonseca e Samuel Isaak avaliam que a empresa deve enfrentar uma pressão combinada de custos, clima e competição, que deve comprimir suas margens nos próximos anos.