O Carrefour Brasil (CRFB3) informou que o novo Comex (Comitê Executivo) da empresa contará com 12 membros após a aquisição do Grupo Big.
Em comunicado realizado na última quinta-feira (2), a companhia confirmou que os novos representantes do Comex responderão diretamente ao presidente do Carrefour, de acordo com informações do “Estadão”.
Apesar do processo de incorporação do Grupo Big ainda não ter sido concluído, o Carrefour adiantou também que os membros do comitê serão distribuídos entre profissionais da própria companhia, colaboradores do Grupo Big, e executivos do mercado.
Além disso, a empresa confirmou que a participação feminina no setor executivo também terá aumento, com 33% das áreas corporativas e de negócios sendo contemplada por mulheres.
Com isso, a nova estrutura do Comex contará com a implementação das cadeiras “Digital” e “Transformação”, para, de acordo com a empresa, dar mais simplicidade aos processos internos.
“Queremos construir uma nova empresa que seja fundamentada nas fortalezas dos dois grupos. O novo Comex materializará a nossa decisão de fazer uma integração verdadeira e não apenas uma aquisição”, disse Stephane Maquaire, presidente do Grupo Carrefour Brasil, em nota à CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
Reformulação do Comex é consequência da compra do Carrefour
A aprovação para venda das lojas do Grupo Big para o Carrefour foi concluída pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) na última semana, com restrições previamente acordadas pelas empresas junto ao órgão antitruste.
Na ocasião, a decisão foi unânime através dos votos dos conselheiros Lenisa Rodrigues Prado, Luis Henrique Bertolino Braido, Gustavo Augusto Freitas de Lima e Sérgio Costa Ravagnani, além do voto do relator Luiz Augusto Hoffmann.
A negociação incluiu a venda de 14 lojas, das quais 11 são hipermercados ou atacarejos, e que representaram 6% da receita do Grupo Big no ano de 2021.
Logo, o acordo realizado pelo Carrefour permanece dentro das determinações do Cade, que prevê a aquisição máxima de 10% das lojas concorrentes, para evitar a desigualdade nas vendas e garantir a competitividade no mercado.