Carteira de precatórios paulistas oferece retorno de 20,84% ao ano

O período médio estimado para a conclusão da operação é 19 meses

A Precatórios do Brasil, companhia de originação de ativos judiciais, lançou a Carteira de Precatórios Paulista nesta terça-feira (23).  A expectativa é de retorno de 20,84% ao ano, dentro do cenário base, equivalente a 226,3% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário). O período médio estimado para a conclusão da operação é 19 meses, com aporte mínimo de R$ 10 mil. 

A empresa pertence ao mesmo grupo econômico da Hurst Capital. De acordo com Arthur Farache, CEO da Hurst, a carteira conta com 11 precatórios a serem pagos pelo governo do Estado e do município de São Paulo.

“Ambos sem histórico de atraso de pagamento dos acordos realizados”, relatou o executivo. 

O precatório é atualizado pela taxa de juros brasileira, a Selic. Ao longo dos anos, é esperado que o valor investido seja protegido contra variações na inflação. 

“Como estamos passando por um cenário de inflação mais alta, o Banco Central vem respondendo a este cenário com altas consecutivas da taxa Selic que já vem produzindo resultados. A alta dos preços está arrefecendo e a Selic mais alta do que inflação contribui para melhorar a rentabilidade real da operação”, explicou Farache.

No caso dos precatórios, é garantido isenção do Imposto de Renda nas retiradas mensais menores do que R$ 35 mil.

Banco Central elevou Selic para 13,75% ao ano

A popularidade dos precatórios está relacionada à alta de juros promovida pelo Banco Central. Em 3 de agosto, o Banco Central do Brasil subiu a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, levando a Selic para 13,75% ao ano em 2022. O anúncio veio dentro do esperado pelo consenso do mercado financeiro. Fou a 12ª alta consecutiva da taxa básica de juros brasileira. 

O atual ciclo de alta dos juros básicos teve início em março de 2021. No boletim Focus lançado em 1º de agosto, os economistas do BC afirmaram que a taxa básica de juros deve ser elevada em 0,5 ponto percentual, para 13,75% ao ano. Na última reunião do Comitê, em junho, seus membros comentaram a possibilidade de novos aumentos na Selic.