Reestruturação

Casas Bahia (BHIA3) não abrirá nenhuma loja pelo 2º ano seguido

A redução das unidades trata-se de uma estratégia do plano de reestruturação para atrair novamente o lucro da companhia

Grupo Casas Bahia  / Divulgação
Grupo Casas Bahia / Divulgação

O Grupo Casas Bahia (BHIA3), não abrirá novas lojas este ano. A empresa deve seguir na direção contrária e encerrar as atividades de mais 20 pontos de venda. Este é o segundo ano, em sequência, que a varejista não inaugura novos pontos.

No momento, a Casas Bahia tem 1.078 lojas, considerando as bandeiras do Grupo e do Ponto. Esse número, em 2022, chegava a 1.133. A redução das unidades trata-se de uma estratégia do plano de reestruturação para atrair novamente o lucro da companhia.

Contudo, a ideia enfrenta um cenário de dificuldades, com o negócio registrando prejuízo recorde no quarto trimestre de 2023, sob o valor de R$ 1 bilhão. As perdas do ano foram de R$ 2,6 bilhões, em torno de 8 vezes maiores que as reportadas em 2022, em R$ 342 milhões, de acordo com a Folha de S. Paulo.

O Grupo é composto, além da Casas Bahia, pela Bartira – fabricante de imóveis – pelo site Extra.com, pelo Banqi – banco digital – bem como a Asaplog, negócio da área de logística. 

“Hoje estamos muito mais animados com o futuro da companhia”, disse Renato Franklin, presidente da Casas Bahia, na terça-feira (26), em teleconferência com agentes do mercado.

“Haverá uma melhoria gradativa a cada trimestre. A empresa está se tornando mais leve, eficiente e rentável para enfrentar qualquer cenário, mesmo com demanda mais reprimida”, completou.

Casas Bahia (BHIA3) tem prejuízo de R$ 1 bi no 4TRI23

Uma das maiores varejistas do Brasil, a Casas Bahia (BHIA3), reportou um prejuízo contábil de R$ 1 bilhão no quarto trimestre de 2023 (4T23). Na comparação anual, as perdas foram ampliadas, visto que, em 2022, o prejuízo havia sido de R$ 163 milhões. 

Segundo a Casas Bahia, o prejuízo líquido – sem efeitos não recorrentes – foi de R$ 564 milhões no 4T23. Seguindo a mesma base de comparação anterior, também houve um salto na vertente, pois, em 2022, as perdas líquidas foram de R$ 372 milhões.

Enquanto isso, o Ebtida ajustado contábil – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – sofreu queda chegando a R$ 163 milhões. No mesmo período do ano anterior o valor atingiu R$ 629 milhões.