A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) comunicou ao mercado nesta quinta-feira (16) que decidiu aderir ao programa de Redução Voluntária de Energia Elétrica (RVD), como parte das medidas que buscam aumentar a segurança do suprimento de energia do país diante da crise hídrica.
Segundo a CBA, a sua participação no programa não irá impactar a produção de alumínio da empresa, pois a companhia irá realizar apenas um deslocamento da demanda do Sistema Interligado Nacional (SIN) durante o período do dia definido pela grade horária do Operador Nacional do Sistema (ONS).
A companhia também informou que “atende o seu consumo de energia elétrica com a geração própria 100% renovável em adição a contratos de compra de energia, tendo alta competitividade em custos, melhor previsibilidade e segurança de fornecimentos além de possibilitar a produção de um alumínio de baixo carbono”.
Para o segundo semestre deste ano, a CBA prevê a manutenção do consumo de energia na produção de alumínio em cerca de 700MW médios, fator que gerou a necessidade de compra de energia elétrica pela redução de geração própria.
“Até o momento a Companhia adquiriu 76MWm por um preço médio de R$ 418/MWh e para os próximos meses espera comprar de 30 a 40 MWm, a depender dos efeitos da hidrologia crítica no GSF (Generation Scaling Factor) e do nível dos reservatórios na produção do seu parque hidroelétrico. Esse volume ainda exposto representa cerca de 5% do consumo esperado para o período”, explicou a CBA.
Em relação ao impacto total da crise hídrica no segundo semestre de 2021, a companhia estima ser entre R$ 150 e R$ 180 milhões em Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização), “assumindo as condições atuais de mercado”.