Diz agência

CCR contrata bancos para vender 20 aeroportos na América Latina

Em reestruturação de portfólio, a empresa pretende levantar até R$ 10 bilhões nos próximos anos

CCR
Fonte: Divulgação

A CCR (CCRO3) contratou quatro bancos para vender 20 aeroportos na América Latina, como informaram, à “Bloomberg”, fontes próximas ao assunto. As vendas também incluem fatias de cinco ativos de mobilidade no Brasil. O Lazard e o Itau Unibanco devem trabalhar na venda dos aeroportos.

Enquanto isso, a venda dos ativos de mobilidade vai ficar a cargo do Goldman Sachs e do BTG Pactual, segundo as fontes.

Em reestruturação de portfólio, a empresa pretende levantar até R$ 10 bilhões nos próximos anos. A CCR também planeja pagar dívidas e investir em áreas estratégicas.

A venda dos ativos vai começar com a negociação dos aeroportos, que a companhia espera estar concluída até o final deste ano. A CCR possui 17 aeroportos no Brasil e três em Equador, Costa Rica e Curaçao. Juntos, os empreendimentos transportam 43 milhões de passageiros por ano, segundo informações da “Bloomberg”.

Os ativos fora do Brasil correspondem a 60% dos lucros da companhia com aeroportos.

Segundo as fontes, pelo menos seis empresas estão interessadas nesses ativos.

Venda de fatias dos ativos de mobilidade deve levar mais tempo

Já para a mobilidade no Brasil, o BTG e o Goldman esperam vender uma fatia minoritária de ativos que incluem metrôs e ferrovias. Para esses negócios, a expectativa é de que um acordo seja alcançado em 2026.

A CCR tem mais de 70% de seu Ebitda ajustado proveniente de rodovias e optou por focar no Brasil e nos grande centros, com 35% do market share no setor. A companhia continua priorizando ativos de mobilidade urbana.

A venda dos ativos está em fase inicial, ainda sem decisão definitiva sobre o modelo de transação. No entanto, os administradores da companhia tendem a escolher a venda total da plataforma de aeroportos, disse uma das fontes à “Bloomberg”.

Após a publicação da notícia, os papeis da companhia reduziram quedas. Nesta terça-feira (11), a ação caiu 0,86%, cotada a R$ 11,51.