Acordo com Neoenergia

CCR fecha primeiro acordo para autoprodução de energia eólica

Companhia vai se tornar sócia minoritária de três usinas no Piauí

Foto: Divulgação/CCR
Foto: Divulgação/CCR

A CCR (CCRO3) deu início ao seu primeiro projeto para autoprodução de energia eólica, como parte de uma estratégia para reduzir custos em rodovias e aeroportos. A companhia fechou acordo com a Neoenergia (NEOE3) para se tornar sócia minoritária em três usinas no Piauí.

A Neoenergia vai verder para a CCR 2,84% da Otis 2, 6,75% da Otis 4 e 5,25% da Oitis 6, segundo o “Brazil Journal”. As usinas vão suprir 60% da demanda da companhia, contribuindo para uma redução de 20% nos custos com energia prometida pela empresa no CCR Day.

A decisão também ajuda a cumprir a meta da empresa de ter 100% de seu abastecimento proveniente de fontes renováveis até 2025. A maior parte do consumo de energia da CCR (90%) vem da operações de trem.

A companhia é a sétima maior operadora de trem do mundo. Ela opera duas linhas de metrô e dois trens urbanos em São Paulo; o VLT da cidade do Rio de Janeiro; e o metrô de Salvador. Segundo a CCR, a compra das usinas ajuda a reduzir o risco de oscilação de preços no mercado livre de energia.

Neste momento, a CCR está se preparando para concorrer pelas linhas 11, 12 e 13 da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), que devem ser colocadas em leilão ainda no governo de Tarcísio de Freitas.

Neoenergia (NEOE3): lucro cai 46% no 3º trimestre de 2024

A Neoenergia (NEOE3) reportou um lucro líquido consolidado de R$ 841 milhões no terceiro trimestre de 2024, o que representa uma contração de 46% em relação ao mesmo período de 2023, quando registrou R$ 1,545 bilhão.

A receita líquida consolidada da Neoenergia no trimestre cresceu 23% na comparação anual, totalizando R$ 11,833 bilhões.

Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado da companhia, nos três meses encerrados em setembro, registrou queda de 8% em relação ao mesmo período de 2023, somando R$ 2,063 bilhões.

De acordo com a empresa, o volume de energia injetada subiu 4,1% no terceiro trimestre, atingindo 20.799 gigawatts-hora. Segundo o Valor, no acumulado do ano, a energia injetada na rede registrou alta de 7% em relação aos nove primeiros meses do ano passado.