A Cemig (CMIG4) espera uma resposta do Ministério da Fazenda quanto a previsão de transferência de ações que pertencem ao Estado de Minas Gerais à União.
Diretores da Cemig evitam dar maiores detalhes quanto a proposta de federalização que a empresa tem debatido, de acordo com o InfoMoney.
“Federalização é um tema dos acionistas. A gente tem muito pouco a comentar”, disse Reynaldo Passanezzi, presidente da Cemig a analistas. Segundo o veículo de notícias, ele afirmou que o debate caminha no governo federal.
“Se espera uma resposta do Ministério da Fazenda em relação à proposta que está sendo negociada. Seguimos nosso dia a dia absolutamente normal, buscando melhor resultado para companhia, e é essa nossa função, independente de quem seja o acionista controlador”, disse.
Os papéis CMIG4 fecharam a sessão Ibovespa de sexta-feira entre as maiores altas do dia, com valorização de 2,4%.
Passanezzi comentou, ainda, que o processo de alienação de ativos não core e com participação minoritária segue firme.
“Fizemos os desinvestimentos dos ativos com maior complexidade. Saímos daqueles que geravam para nós muito aporte de capital […] O principal, nós já realizamos”, complementou o presidete da Cemig.
Cemig (CMIG4): Itaú BBA destaca risco político para as ações
A Cemig (CMIG4) reportou seus resultados trimestrais de 2023, e embora acima do esperado, os analistas do Itaú BBA destacaram que há um risco político sobre os papéis, relacionado À proposta de federalização da empresa, caso deem seguimento ao processo.
O relatório assinado por Marcelo Sá, Filipe Andrade, Luiza Candiota e Victor Cunha, também afirmaram que, mesmo diante de um caminho desafiador até a federalização, o processo da Cemig pode ocorrer, de acordo com o Estadão.
Isto porque, existe vontade política para tal, além do fato do Estado de Minas Gerais estar à procura alternativas ao enfrentamento do da dívida com o governo federal.
“Esperamos que o governo federal divulgue uma proposta nas próximas semanas com os termos para os Estados renegociarem suas dívidas, não só Minas Gerais”, disseram em parte do documento.