Cemig (CMIG4) eleva lucro em mais de 2.000% no 2T23

Já a receita líquida da Cemig no segundo trimestre do ano avançou 7,38% para R$ 8,819 bilhões.

A Cemig (CMIG4) apresentou um lucro líquido de R$ 1,245 bilhão, um aumento significativo de 2.396,96% no segundo trimestre de 2023, em relação ao mesmo período de 2022, quando registrou R$ 49,876 milhões de lucro. No acumulado de 2023 até junho, o lucro líquido avançou 75,60%, totalizando R$ 2,643 bilhões.

O Ebitda ajustado, que exclui itens não recorrentes, aumentou em 3,82% em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo R$ 1,878 bilhão. Entretanto, a margem Ebitda teve uma redução de 0,73 ponto percentual, passando de 22,03% para 21,30%.

A receita líquida da Cemig no segundo trimestre avançou 7,38%, totalizando R$ 8,819 bilhões, e no semestre, registrou receita de R$ 17,466 bilhões, uma alta de 8,75%.

A receita com energia vendida a consumidores finais no período de abril a junho foi de R$ 7,528 bilhões, representando uma redução de 4,03% em relação ao mesmo período de 2022. O fornecimento bruto de energia aumentou em 2,89%, totalizando 15.672.965 megawatts-hora (MWh). O preço médio faturado no trimestre foi de R$ 484,77 por MWh, redução de 6,09% em comparação com o mesmo período do ano passado.

A Cemig registrou uma redução de 4,67% na quantidade de energia faturada para os consumidores da classe rural, principalmente devido à diminuição do número de consumidores e à migração para sistemas de mini e microgeração distribuída (MMGD).

Por outro lado, na classe residencial, houve um aumento de 6,36% no volume de energia faturada. No entanto, a receita operacional para essa classe foi 7,06% menor no trimestre, em decorrência da redução na alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em 2022, o que gerou uma diminuição na tarifa de energia para os consumidores residenciais.

Cemig (CMIG4) é condenada por alojamentos com ratos e escorpiões

A Cemig (CMIG4) foi condenada em 26 ações por fornecer alojamento em condições precárias a trabalhadores contratados para obras de eletrificação em zonas rurais de municípios da região norte de Minas Gerais. A companhia elétrica está recorrendo em todas elas, no TRT-MG (Tribunal Regional do Trabalho), em Belo Horizonte.

De acordo com o jornal “Folha de S.Paulo”, os 26 processos, iniciados na Justiça do Trabalho em Montes Claros (norte de MG), sentenças determinaram que a empresa de energia pague indenizações por danos morais por disponibilizar imóveis não conservados. Em um deles, depoimentos dos trabalhadores apontam a presença de ratos e escorpiões nos alojamentos.

Os serviços foram contratados a partir de 2017 para serem realizados nas zonas rurais de cidades como São Francisco, São João das Missões e São Romão, com problemas detectados em todas elas, conforme o advogado Leonardo Maia Borborema, que defende parte dos trabalhadores.

A estatal, em seus recursos, argumenta que as contratações foram feitas por uma empresa terceirizada, a empresa RDX Empreendimentos Ltda., e que tomou conhecimento de problemas em alojamentos apenas em relação ao município de São Francisco, embora, segundo Borborema, os casos que levaram às ações tenham ocorrido em todos esses municípios.

Segundo a Cemig, a RDX foi contratada “para prestação de serviços de construção em redes elétricas e linhas de distribuição de energia mediante o devido processo licitatório” e, quando a empresa “teve ciência da existência do alojamento em condições inadequadas, realizou inspeção in loco e constatou várias irregularidades”, notificou a prestadora de serviços e abriu processo administrativo.

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