O CEO da Petrolífera BP (B1PP34), Bernard Looney, renunciou ao cargo na terça-feira, 12, em meio a investigações sobre relacionamentos antigos com colegas. Em nota, a empresa informou que a decisão de Looney foi uma “surpresa” e que sua saída será imediata. O diretor financeiro Murray Auchincloss irá ocupar o cargo vago de forma interina.
Looney deixa a empresa menos de quatro anos após assumir seu comando. A decisão ocorre em meio a apuração em andamento. Segundo a BP, o ex-CEO não foi “completamente transparente” sobre antigas relações pessoais com colegas de trabalho.
O executivo teria revelado um pequeno número de relacionamentos anteriores ao momento que assumiu o cargo de CEO. A BP disse que, na época, não encontrou nenhuma violação do código da empresa. No entanto, o conselho recebeu novas alegações, que continua investigando.
“Looney informou hoje à empresa que agora aceita que não foi totalmente transparente em suas divulgações anteriores”, segundo o comunicado da BP, publicado na terça.
BP (B1PP34) atinge maior lucro em 14 anos
A petroleira BP (B1PP34) informou que obteve o maior lucro em 14 anos, atingindo U$ 8,45 bilhões no segundo trimestre de 2022, superando as expectativas de U$ 6,8 bilhões de dólares do analistas.
A BP aumentou os dividendos e a previsão de gastos com nova produção de petróleo e gás, por conta das fortes margens de refino e comercialização.
As principais empresas ocidentais de petróleo e gás encerram o trimestre com resultados muito positivos, puxados pelo aumento dos preços da energia, que intensificou a pressão sobre os governos por novos impostos ao setor em benefício dos consumidores.
“A companhia está funcionando bem e continua se fortalecendo. Temos um impulso estratégico real”, afirmou Bernard Looney, CEO da BP (B1PP34), à Reuters.
Looney assumiu o cargo em 2020, e tinha como objetivo redirecionar a BP (B1PP34) de combustíveis fósseis para energias renováveis. O CEO disse que a empresa aumentará seus desembolsos com nova produção de petróleo e gás em 500 milhões de dólares em resposta à crise global de oferta.
“Vamos direcionar mais investimentos para hidrocarbonetos para ajudar na segurança energética no curto prazo”, afirma. “Provavelmente direcionaremos cerca de meio bilhão de dólares para hidrocarbonetos”, acrescenta.