O presidente da Petrobras (PETR3;PETR4), Caio Paes de Andrade, informou ao conselho da petroleira seu pedido de renúncia, segundo fontes consultadas pela agência “Reuters”. A informação foi publicada na noite da última terça-feira (3).
Por outro lado, o Ministério de Minas e Energia (MME) comunicou, também na última terça, que o senador Jean Paul Prates (PT-RN) será o indicado para exercer o cargo de presidente e membro do colegiado da Petrobras. A indicação oficial deve ser feita após os trâmites na Casa Civil da Presidência da República.
No final de 2022, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já havia sinalizado, através de sua conta no Twitter, que indicaria Prates ao comando da petroleira.
O Ministério de Minas e Energia deve enviar à Petrobras, além do comunicado sobre a indicação para a presidência, um pedido de convocação de Assembleia Geral de Acionistas para aprovação de Prates no Conselho da petroleira. O estatuto da Petrobras exige que o presidente da companhia seja escolhido pelo Conselho de Administração, entre seus membros.
Depois da indicação oficial, Prates ainda terá seu nome submetido a análises de elegibilidade e integridade interna na Petrobras, procedimento que também faz parte do Estatuto Social da empresa. Essa análise deve levar até nove dias, de acordo com uma fonte consultada pela “Reuters”.
O mandato de Caio Paes de Andrade teria fim em abril deste ano. O executivo, no entanto, irá fazer parte do novo governo de São Paulo, comandado por Tarcísio de Freitas.
Jean Paul Prates defende investimentos em renováveis pela Petrobras
Prates tem mais de 25 anos de atuação no setor energético e defende o aumento de investimentos em renováveis, em linha com outras petroleiras globais. Além disso, o senador também quer melhorar a área de refino da companhia, buscando segurança energética.
Outro ponto defendido por Prates é a política de preços da estatal petroleira, que é alinhada ao mercado internacional, atualmente.
Em 1991, Prates fundou uma consultoria especializada em petróleo, chegando a ter 120 consultores associados. O senador também já fez parte de outras companhias especializadas em petróleo. Isso, entretanto, não deve ser um entrave para que ele assuma a Petrobras, já que essas companhias “encontram-se desativadas há vários anos ou ele já se desligou delas também há alguns anos”, segundo a assessoria de Prates informou à “Reuters”.