Em um encontro de uma hora no Palácio do Planalto, o presidente da Vale (VALE3), Gustavo Pimenta, defendeu a convergência da empresa com os interesses do governo federal.
Na véspera da reunião, Pimenta reforçou a consonância que projetos estratégicos da mineradora encontram com a agenda de desenvolvimento do Brasil.
Como informou a Vale em nota, o presidente da companhia abordou planos “que contribuem para impulsionar o Brasil à liderança global da agenda de transição energética e descarbonização”.
O CEO (Presidente Executivo) tomou como uma de suas missões melhorar o relacionamento da empresa com esferas governamentais e outros públicos.
Como apurou o portal InfoMoney, Lula também admitiu que houveram ruídos no passado, mas a União precisa trabalhar em conjunto com a empresa e erros não precisam se repetir.
Rumos da mineradora
A escolha de Pimenta para liderar a companhia veio após o governo de Lula tecer críticas sobre as decisões da corporação e dar sinais de que pretendia influenciar na escolha de um novo executivo.
Questionada, a Vale preferiu não comentar, defendendo que seu representante “mantém agenda regular de relacionamentos com diversos públicos”.
Na época das críticas, o presidente do conselho da Vale, Daniel Stieler, afirmou que a entidade precisava aprimorar sua comunicação para que o presidente reconhecesse o valor da instituição para a sociedade.
Também assegurou que Pimenta teria as habilidades necessárias para guiar a firma nesse rumo. A Vale foi privatizada na década de 1990 e tem como maior acionista a Previ, um fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil.
Vale (VALE3) deve passar por novo começo em 2025, avalia BTG
A Vale (VALE3) deve limpar pendências e passar por um recomeço em 2025, avaliou o BTG em relatório publicado nesta quinta-feira (2). Porém, o banco continua com recomendação neutra para a ação da companhia, com preço-alvo de US$ 11.
Os analistas veem desenvolvimento favorável, mas ainda com necessidade de cautela, com pressão sobre o fluxo de caixa de curto prazo e potencial de retorno de caixa relativamente baixo em 2025, de 5% a 7%.
As perspectivas positivas para a empresa são o aumento dos volumes de minério de ferro, o acordo da Samarco e a resolução das renegociações de concessões ferroviárias.