O CEO da MRV (MRVE3), Rubens Menin, criticou o BC (Banco Central) pela demora na redução da taxa básica de juros. Segundo o executivo, a autoridade financeira “errou na dose e segurou demais a economia”. “Ele subiu os juros muito rápido. Sei que é difícil falar, mas ele poderia ter começado a descer mais cedo, pois a inflação está controlada”, disse em entrevista ao Estadão/Broadcast.
“Pegue as previsões do Boletim Focus para inflação e juros no fim do ano que vem. A previsão de inflação é de 3,9%, e de juros, 9%. Tem alguns analistas que falam até em Selic em 8,5%. Ainda assim, os juros reais vão estar em pelo menos 5% em 2024, o que ainda é muito alto. Se a inflação é de 3,9%, então a Selic deveria ser na faixa de 6% a 6,5%. O juro alto afeta todo mundo. As famílias pagam mais caro para comprar geladeira, carro, casa, tudo. A renda familiar é corroída por esse juro real. Essa é a maior preocupação que tenho para 2024”, reforçou o empresário.
Menin elogiou a aprovação da reforma tributária e defendeu que haja um esforço do governo a partir de agora para redução da carga tributária, com maior controle dos gastos públicos.
“A aprovação era necessária. O nosso arcabouço fiscal era muito antigo, né, precisava ser reformado. A tributação no Brasil é excessivamente complexa. As empresas precisam de uma estrutura enorme para fazer toda a burocracia tributária. Então, a aprovação da reforma era essencial. Só que a carga tributária ainda é elevada por aqui”, comenta.
MRV: Conselho dá aval para recompra de ações
A MRV comunicou ao mercado, nesta quinta-feira (28), que o seu Conselho de Administração deu o aval para a recompra de ações, com o propósito de cancelamento, retenção em tesouraria e futura alienação, ou para a realização de novas operações envolvendo derivativos lastreados em ações emitidas pela empresa. O montante autorizado para essa recompra equivale a 6.082.426 ações ordinárias.
O limite estipulado, somado à quantidade de ações já retidas em tesouraria e àquelas envolvidas em outros contratos derivativos celebrados pela Companhia, representa, na data atual, cerca de 8,06% do total de ações da empresa em circulação no mercado.
A concessão dada pelo Conselho de Administração para a realização das futuras operações a serem formalizadas pela Companhia permanece válida até o dia 26 de junho de 2025.