Fotos: Reprodução Petrobras
Fotos: Reprodução Petrobras

O diretor-executivo Financeiro e de Relacionamento com Investidores da Petrobras (PETR3;PETR4) disse, nesta sexta-feira (7) que vê uma probabilidade muito baixa para o pagamento de dividendos extraordinários neste ano, devido à queda no preço do barril do petróleo.

“A gente não tem, na nossa avaliação, caixa excedente capaz de fazer distribuição de dividendos extraordinários até hoje, de forma que a probabilidade de extraordinário para este ano é muito baixa”, afirmou Melgarejo, em coletiva de imprensa para falar sobre os resultados do terceiro trimestre. Informações da Reuters, via Infomoney.

Resultados Trimestrais e Perspectivas da Petrobras

O diretor comentou que a companhia teve resultados muito positivos no trimestre de julho a setembro com aumento da produção de petróleo, destacando que a geração de caixa ajudou a compensar os preços mais baixos do Brent.

Executivos da companhia também foram questionados se poderia ser necessário um reajuste de preços do diesel. Em resposta, o diretor-executivo de Logística, Comercialização e Mercados, Claudio Romeo Schlosser, afirmou que os preços vigentes não indicam nenhuma perda de rentabilidade.

Schlosser também afirmou que decisões técnicas e estratégicas equilibram fatores de mercado e asseguram o uso otimizado e rentável dos ativos de refino e de logística da companhia.

Federação critica pagamento de dividendos da Petrobras

Na noite desta quinta-feira (6), a Petrobras divulgou o pagamento de R$ 12 bilhões em dividendos aos seus acionistas do terceiro trimestre do ano. Porém, foi duramente criticada pela FUP (Federação Única dos Petroleiros) e seus 14 sindicatos presentes em todo o território nacional.

A Federação está em negociação com a Petrobras para firmar o Acordo Coletivo de Trabalho, mas encontrou uma resistência da estatal para reajustar os salários dos trabalhadores e resolver questões do fundo de previdência Petros. 

“Pagamento de altíssimos dividendos para acionistas e corte de gastos com os trabalhadores, com demissão de terceirizados, falta de uma solução definitiva para os equacionamentos da Petros e dificuldades na mesa de negociação do acordo coletivo de trabalho (ACT), por conta da ladainha momentânea da queda do preço do barril de petróleo”, afirmou o coordenador-geral da Federação, Deyvid Bacelar, em nota divulgada nesta sexta-feira (7).