Os preços dos combustíveis produzidos pelas refinarias da Petrobras (PETR4) estão “sensivelmente” menores do que os verificados no dia 31 de dezembro de 2022, último dia do governo de Jair Bolsonaro, afirmou a presidente da estatal, Magda Chambriard.
Chambriard negou que a companhia esteja tendo prejuízos após “abrasileirar” a fórmula de cálculo dos preços dos combustíveis.
A gasolina, o óleo diesel, o gás de cozinha e o querosene de aviação estão, segundo ela, com preços inferiores aos praticados pela companhia há dois anos. Na época os valores eram calculados pelo PPI (preço de paridade de importação), fórmula que considerava como principais fatores o câmbio e a cotação do petróleo do tipo Brent no mercado internacional.
Chambriard esclareceu, durante entrevista ao programa “Canal Livre”, da Band TV, no domingo (29), que o caso do diesel, os preços são 30% inferiores aos cobrados pelas refinarias no último dia de 2022 e que há 1 ano e meio não sofrem ajustes.
Além disso, a executiva destacou que aumentou “muito pouquinho” os preços da gasolina e do GLP um mês após sua posse no comando da Petrobras, no fim de maio deste ano.
“Estamos fazendo dinheiro mesmo depois de abrasileirar os preços e evitando volatilidades no mercado interno”, disse Chambriard, segundo o “Valor”.
Pelo fato da estatal ter vendido a BR Distribuidora, a companhia não chega mais às bombas, por isso, não pode responder por quedas maiores de preços para o consumidor final.
O braço de distribuição de combustíveis da Petrobras foi vendido em julho de 2019, em uma oferta de ações ao mercado. A operação foi concluída em junho de 2021, com a alienação do restante das ações da companhia, que passou a se chamar Vibra Energia.
Chambriard também salientou que a Petrobras é responsável por parte dos preços finais que chegam aos consumidores, sendo que a outra parte não compete à estatal, mas a outros atores: “Acontecem muitas coisas que estão além das nossas possibilidades”.
Chambriard: novo plano da Petrobras é ‘extremamente factível e realista’
Aprovado pelo Conselho de Administração na véspera, o novo plano de negócios da Petrobras (PETR4) para o período de 2025 a 2029 é “extremamente factível, realista e relativamente fácil de entregar”, afirmou a presidente da companhia, Magda Chambriard, nesta sexta-feira (22).
Chambriard tomou posse à frente da Petrobras em maio, com o objetivo – passado diretamente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – de acelerar investimentos e colocar novos projetos em execução. Esse é o primeiro plano de negócios da companhia sob sua gestão.
No 2º trimestre, a Petrobras reduziu em US$ 4 bilhões os investimentos previstos para este ano, chegando a US$ 14,5 bilhões, que tem performado dentro do planejamento desde agosto, lembrou a executiva, segundo a “CNN Brasil”.
“No final do segundo trimestre, nós reduzimos o investimento anual da Petrobras em 2024. Até ali a Petrobras vinha entregando menos capex do que era o seu guidance no plano de negócios”, disse Chambriard.
“A partir de agosto deste ano, nós estamos entregando 100%, ou seja, performando 100% do planejamento, 100% dentro do guidance, tanto no desembolso do capex quanto na produção prevista”, prosseguiu a presidente da estatal.