O governo chinês está estimulando a empresas estatais e incorporadas imobiliárias apoiadas pelo Estado a comprar ativos do grupo Evergrande, segundo fontes da Reuters. A segunda maior construtora do país está à beira do colapso e acumula R$ 1,66 trilhões em dívidas.
O Estado da China não pretende intervir diretamente para solucionar a crise da Evergrande. Porém, as autoridades esperam que a compra de ativos afaste ou pelo menos reduza qualquer agitação social que poderia ocorrer se a imobiliária sofresse um colapso desordenado, disseram fontes da Reuters.
Um grupo de empresas estatais já fez a devida diligência em ativos na cidade de Guangzhou, no sul da China, disse.
Um exemplo é o Guangzhou City Construction Investment Group que está perto de adquirir o estádio de futebol Guangzhou FC de Evergrande e os projetos residenciais ao redor, segundo a pessoa, que tem conhecimento direto do assunto. Previsto para custar cerca de 12 bilhões de yuans (R$ 11 bilhões), o estádio foi projetado para acomodar mais de 100.000 lugares.
Os compradores potenciais dos principais ativos da Evergrande em Guangzhou foram “acertados” com “considerações políticas e comerciais” em mente, disse fonte, acrescentando que as autoridades não querem ver apenas algumas empresas fazendo lances pelos mesmos ativos.