Citibank reconhece erro que provocou colapso das Bolsas na Europa

Erro de trader do Citibank gerou uma queda abrupta e repentina nas bolsas europeias na segunda-feira (2)

O Citibank confirmou, nesta terça-feira (3), que um erro provocado por um de seus trades resultou em um “flash crash” no mercado europeu, resultando na queda abrupta e repentina das Bolsas de Valores da Europa. 

O Citibank, todavia, não explicou qual foi o tipo de erro que provocou o flash crash.

“Um de nossos traders cometeu um erro ao entrar em uma negociação. Em poucos minutos, identificamos o erro e o corrigimos”, informou o Citibank, em comunicado.

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Na manhã da segunda-feira (2), entre as 9h45 e as 10h15 (horário da Europa continental), as bolsas europeias afundaram drasticamente. O colapso provocou meia hora de pânico no mercado financeiro na primeira sessão de maio. O principal índice europeu chegou a perder 3%, eliminando € 300 bilhões (R$ 1,5 trilhão, na cotação atual) em determinado momento.

Com isso, as sessões de Estocolmo, Copenhague e Oslo chegaram a registrar perdas de até 8%. A Bolsa de Valores de Londres, por sua vez, estava fechada por um feriado local, o que evitou o colapso do maior mercado financeiro da Europa.

Segundo Oliver Scharping, gerente de portfólio da Bantleon, o feriado bancário contribuiu para a perda temporária de € 300 bilhões nos mercados europeus, já que o movimento nas Bolsas era menor que o usual.

Inicialmente, o mercado europeu temia que se tratasse de um ataque hacker do exterior, tendo em vista as tensões com a Rússia no contexto da guerra na Ucrânia. No entanto, a Bolsa de Valores de Estocolmo eliminou a possibilidade, declarando também que o flash crash não decorria de um erro técnico do pregão.

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“Está claro que a causa do colapso se deve a uma transação muito significativa de uma corretora”, informou a Bolsa de Valores da capital da Suécia. 

Neste ano, as bolsas europeias têm sido prejudicadas com os acontecimentos geopolíticos e inflacionários globais. O mercado é impactado com a desaceleração econômica na China, cuja adoção de políticas anti-covid mais rígidas afetou a cadeia produtiva mundial, bem como a guerra entre Rússia e Ucrânia, que se estende há mais de dois meses.

Além disso, os índices da Europa sofrem com o aumento da inflação global e a iminente alta das taxas de juros que o Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano), e o Banco Central Europeu (BCE), estão prestes a anunciar.

Citibank teve outros casos parecidos no passado

O Citibank, um dos maiores bancos do mundo, com mais de 200 milhões de clientes, tem um histórico de casos parecidos. 

O episódio mais recente foi em agosto de 2020. Na época, traders do Citibank pagaram acidentalmente quase US$ 900 milhões aos detentores de títulos da dívida da Revlon, cliente do banco. 

No mesmo ano, após o ocorrido, os reguladores do mercado financeiro norte-americano impuseram uma multa de US$ 400 milhões. Além disso, autoridades ordenaram que o Citibank “limpasse” os sistemas informáticos projetados, medida que tinha como objetivo proteger o banco e seus clientes.

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