Referência no mercado, Diogo Garcia, cofundador da Confraria do Empreendedor, plataforma de experiências para empresários, defende a cooperação como caminho para desenvolver o ambiente de negócios no Brasil. Garcia explica que, para que as alavancas do sistema realmente funcionem, “os diversos players dos ecossistemas de empreendedorismo devem trabalhar de forma cooperativa e interdependente a fim de fomentar a capacitação de pessoas, investimentos e conexões”, disse.
O executivo apresentou painel sobre empreendedorismo durante a primeira edição do World Creativity Festival, em Salvador (BA). Idealizado pelo empresário do setor de criatividade e inovação, Lucas Forster, o evento nasceu com o objetivo de fomentar a economia criativa e estimular o desenvolvimento de soluções no ambiente de negócios da capital baiana.
Na ocasião, Garcia explicou como a colaboratividade, da qual depende até mesmo o capital criativo, é a chave para destravar o potencial das redes empreendedoras, “que nada mais são do que grupos de pessoas com objetivos que se conectam”, reiterou. Para estimular as interações entre os diferentes agentes do sistema, como as corporações, startups, pequenas e médias empresas e, por fim, ganhar o apoio de órgãos públicos e das entidades de fomento, os empreendedores devem se apoiar. “Não basta apenas financiar o ecossistema, é necessário que as pessoas estejam engajadas nele”, disse.
O executivo referencia as conquistas da plataforma Confraria do Empreendedor, criada há seis anos por Garcia e dois cofundadores: André Mainart e Natália Lazarini. O hub agrega 1,7 mil empreendedores diversos segmentos, regiões e backgrounds, além de executivos em grandes empresas do mercado com o objetivo de estimular a troca de experiências para ajudar quem empreende.
Ao potencializar as conexões em um ambiente mais informal de diálogo, a Confraria do Empreendedor se consolidou como uma das mais relevantes comunidades de negócios de alto impacto no Brasil e em Portugal. Garcia afirma que independentemente do tamanho ou do propósito – seja de impactar uma comunidade local ou até mesmo “mudar o mundo” – a ideia não precisa necessariamente partir de um grande grupo, mas sim de pessoas focadas e unidas por um objetivo.