A Cogna (COGN3) e a Yduqs (YDUQ3) voltaram a conversar sobre uma possível fusão de suas atividades, ao passo que outras negociações ocorrem no setor, segundo apuração do “Valor”. Anteriormente, cerca de 7 anos atrás, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômico) reprovou a fusão entre Kroton e Estácio, antigos nomes das empresas.
Apesar de ainda não haver nada formalizado, alguns desafios já surgiram, segundo o veículo. Um dos empecilhos é o fato da Cogna querer incluir na combinação seus ativos de educação básica. No entanto, a Yduqs não tem interesse.
Os tamanhos das companhias se assemelham e retirar a operação de educação básica deixaria a Cogna em desvantagem, disseram fontes.
A receita líquida da Cogna em 2023 foi de quase R$ 6 bilhões e Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – de R$ 1,8 bilhão. Enquanto isso, a Yduqs registrou R$ 5,1 bilhões em receita e lucro operacional de R$ 1,6 bilhão.
O Morgan Stanley é o assessor da Yduqs nas conversas de fusão e aquisição, ao passo que a Cogna não tem assessor financeiro ainda, segundo o veículo de notícias.
As operações da Cogna em educação básica são a Vasta, com ações na Nasdaq, com um portfólio que inclue vários sistemas de ensino, como Anglo e pH, e um Ebitda em torno de R$ 400 milhões.
A venda de livros didáticos das editoras Saraiva, Ática e Scipione para o governo federal, que em 2023 registraram um Ebtida recorrente de R$ 175 milhões, é o outro negócio.
Por conta da concentração no mercado de EAD (ensino à distância), a combinação de negócios entre as duas maiores empresas de educação foi rejeitada, em 2017.
Juntas, a Kroton e a Estácio teriam cerca de 40% do segmento de educação, mas esse é um tipo de operação que não é possível limitar por praça, que é uma das métricas usadas pelo Cade em suas análises concorrenciais, devido à própria natureza do negócio, segundo o “Valor”.
Cogna (COGN3) anuncia recompra de até 44,2 milhões de ações
A Cogna (COGN3) anunciou um programa de recompra de até 44.216.191 ações, representando 2,357% do total em circulação, conforme divulgado em fato relevante na última sexta-feira (14).
Segundo a empresa de educação, o objetivo é “gerar valor para os acionistas por meio de uma administração eficiente da estrutura de capital da Companhia”.
O programa de recompra terá início em 17 de junho de 2024 e se estenderá até 17 de junho de 2025.
As ações recompradas serão mantidas em tesouraria para futura venda ou cancelamento, conforme comunicado oficial.