Cogna: por que ações dispararam 13% nesta sessão?

O mercado recebeu bem a conclusão da troca de ativos da Cogna com a Eleva, negócio que havia sido fechado no início do ano

O mercado recebeu bem a conclusão da troca de ativos da Cogna (COGN3) com a Eleva, de forma a fazer as ações da empresa relacionada a educação dispararem 12,90%, a R$ 2,80, um dos principais destaques desta segunda-feira (1).

O negócio, fechado no início do ano, rendeu a Eleva as unidades de ensino básico que a Cogna administrava e a Cogna recebeu, por meio de sua subsidiária Vasta, os sistemas de ensino básico da Eleva. 

“As escolas são o DNA do Eleva Educação e a aquisição das escolas da Saber é uma oportunidade de expandirmos o nosso core business de forma estratégica, com a entrada de marcas extremamente reconhecidas e um time muito capacitado. Agregando a nossa expertise acumulada nos últimos anos, vamos investir ainda mais para que todos os nossos alunos tenham um ensino de excelência, com profissionais continuamente capacitados e um currículo atual e completo”, ressaltou Bruno Elias, CO-CEO do Eleva.

A notícia aponta um ajuste no quadro do setor após os efeitos da pandemia, seja com a venda de ativos ou eventuais fusões ou aquisições, afirma Pedro Galdi, da Mirae Asset.

Para o terceiro trimestre, o Itaú BBA destaca as dificuldades encontradas pela Vasta, mas projeta um cenário de melhoria para a Kroton.

“Ambos os segmentos de ensino presencial e à distância são susceptíveis de ver um crescimento de entrada de dois dígitos no ano, com o último continuando a ganhar participação no mix”, diz.

Entretanto, o tíquete médio provavelmente cairá em relação ao ano anterior. Em contrapartida, as margens aumentarão, pois o ensino à distância desempenha um papel mais importante no mix de receita, complementa.

“Projetamos margem de 19% para a Kroton. Estima-se que a receita líquida consolidada diminua 5% com uma queda do ebitda de 3%”, prevê.