Em algumas áreas dos Emirados Árabes Unidos o calor tem atingido os 50º Celsius, como alternativa o governo de Dubai fechou uma parceria com pesquisadores ingleses para descobrir uma forma de criar chuvas artificiais. Só em 2017, calcula-se que US$ 1,5 milhão tenha sido investido em pesquisas.
Em comparação a outras regiões, as chuvas em Dubai são de apenas 101 milímetros de chuva por ano. O sertão nordestino do Brasil, por exemplo, recebem cerca de 700 milímetros de chuva por ano
Com os estudos em avanço, os drones do Centro Nacional de Meteorologia dos Emirados Árabes invadiram os céus de Dubai para realizar o experimento calculado pelos ingleses, das universidades de Bath e de Reading. Informações do estudo foram publicados em um artigo científico em janeiro.
No início da semana, autoridades meteorológicas dos Emirados Árabes Unidos divulgaram um vídeo que mostram uma chuva torrencial em Ras al Khaimah, a cerca de 115 km de Dubai. Segundo eles, é um exemplo das chuvas artificiais geradas com ajuda de um grupo de drones. (Confira aqui)
Como funciona
Uma saída para provocar uma chuva artificial é utilizando uma técnica, que também pode ser chamada de semeadura de nuvens, bombardeamento de nuvens e nucleação artificial, que não é de fato uma novidade, pois já foi usada durante a Olimpíada de Pequim, em 2008, para fazer chover antes das competições e evitar que o clima afetasse os jogos. As informações são do Tilt.
Para fazer a chuvas é basicamente unindo as partículas de água das nuvens, formando gotas e levando às chuvas. Para que aconteça essa aglutinação, sais de prata, como o iodeto de prata são utilizados, que têm geometria similar a de cristais de gelo. Outras possíveis substâncias que podem ser usadas são o cloreto de sódio, o dióxido de carbono sólido (gelo seco), água e carvão ativo.
Esses sais funcionam como núcleos de condensação, agregando gotículas de água até que formem gotas mais pesadas, que se precipitam e causam a chuva. Esse bombardeamento pode ser feito tanto a partir do céu, com o uso de aviões ou foguetes que dispersam as substâncias aglutinadoras no meio de uma nuvem, quanto usando canhões antiaéreos para disparar as substâncias na direção das nuvens.