Com crise ambiental, ESG cresce em importância

No Brasil, fundos ESG captaram R$ 2,5 bilhões em 2020.

Com o avanço de crises ecológicas e apelos de governantes, além do maior interesse em economia sustentável por parte de investidores, as iniciativas ESG (ambiental, social e governança, na tradução livre em português) têm crescido entre as empresas.

De acordo com o relatório PwC, no Brasil, fundos ESG captaram R$ 2,5 bilhões em 2020 e esse número vem crescendo, especialmente considerando as companhias emergentes.

O planeta está passando por uma crise ambiental, que tem pressionado as autoridades de todo o globo a se posicionarem. Essa crise é decorrente de uma negligência em relação à sustentabilidade que parte de todos os players.

Os EUA, estão enfrentando uma crise climática que já levou a morte de inúmeras pessoas, tanto com tornados como com a onda de calor, além disso, analista já sinalizaram que ela pode acarretar a uma crise financeira, o que é crítico para esse momento de recuperação econômica que ocorre devido a da pandemia da Covid-19.

Já no Brasil, a crise hídrica fez com que empresários e o governo desembolsassem milhões, a fim de conter os danos causados pela escassez, que afeta diretamente o setor agropecuário e energético.

Com as iniciativas partindo das empresas, a redução dos danos é inevitável, mas lenta. Para auxiliar no processo de adoção do ESG, a Bolsa Brasileira (B3) desenvolveu um guia gratuito para as companhias interessadas em vestir “a camisa da mudança”, (leia aqui).

Segundo o sócio da Eccomar Soluções Ambientais LTDA, André Cohin, as grandes empresas podem ajudar consideravelmente no processo de “economia verde”, colaborando para uma regularidade na comercialização de produtos reciclados.

“As grandes companhias podem ajudar muito nesse processo, com a regularização da comercialização desses produtos e definindo preços, para que as empresas possam desenvolver um plano de negócio. O grande problema que temos hoje no mercado de reciclagem é a oscilação de preços dos produtos, momentos que vale muito a pena investir no segmento e outros que não pagam o custo operacional”, afirmou Cohin.

O empresário acredita que com a regularização da comercialização, as grandes empresas irão entrar nesse mercado para atender as necessidades que surgiram. Instituída em agosto de 2010, a Política Nacional de Resíduos Sólidos foi um passo importante para a regularização aqui no Brasil. “Essa lei incentiva o mercado a valorar os resíduos, transformando-os em matéria prima para um outro segmento, através de descaracterização e/ou tratamento. Algumas companhias, já possuem a política do Aterro Zero, no qual transforma seus resíduos em recursos”.

A Eccomar foi fundada em 2012 e tem como principal objetivo a atuação no gerenciamento total de resíduos. A empresa faz atendimentos em quatro áreas de atuação: Indústrias, Petróleo e Gás, Comércio e Serviços e no Segmento Marítimo. Atualmente o negócio possui uma área de 2.000 m² para o armazenamento temporário de produtos sólidos e líquidos perigosos. A companhia projeta que até 2025 ela seja uma referência no campo de gerenciamento de resíduos.

Na prática e destrinchando a sigla, o ESG significa que a empresa irá diminuir sua emissão de CO2, se preocupar com questões como eficiência energética, descarte do lixo, uso da água, preservação do meio ambiente etc. Além disso, ela terá de respeitar os direitos dos colaboradores, se atentar a segurança no trabalho e ao bem-estar do ambiente.

Por fim, ela terá de melhorar suas práticas de governança corporativa, ser transparente nas prestações de contas e preservar a ética.

 

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