O comércio de produtos de segunda mão teve crescimento de 48,58%, entre os primeiros semestres de 2020 e 2021. A informação foi dada em levantamento do Sebrae, com base em dados da Receita Federal. Para a instituição, a pandemia aumentou o controle financeiro das famílias, e a preocupação com a preservação do meio ambiente podem ter sido fatores que impulsionaram o mercado de usados no país.
Segundo o Sebrae, foram abertas 2104 empresas no primeiro semestre de 2021, um crescimento de 62,1% ante ao mesmo período do ano passado. “Esse incremento na abertura de novos negócios no comércio de itens usados, verificado entre os seis primeiros meses de 2020 e 2021, é o maior em seis anos”, destacou a entidade.
O levantamento abrange o comércio varejista de moedas e selos de coleção, livros e revistas e outros artigos usados, como móveis, utensílios domésticos, eletrodomésticos, roupas e calçados e material de demolição.
Tendência do Mercado
De acordo com o Sebrae, a compra de produtos usados é uma tendência mundial e pesquisas feitas em outros países comprovam que o mercado de usados ainda tem espaço para crescimento. A entidade cita a pesquisa feita pela ThreadUP, uma das principais plataformas de revenda de roupas nos Estados Unidos, que apontou que os valores movimentados nesse segmento dobraram desde 2019 e a projeção é que tripliquem até 2025.
Para os empreendedores brasileiros, o Sebrae recomenda conhecer seus nichos de mercado, além de estabelecer presença no mundo digital, que pode favorecer uma captação maior de clientes e maior recorrência de compras das mercadorias.