Uma das principais companhias aéreas dos EUA, a Delta Air Lines está implementando uma estratégia de precificação personalizada com uso de IA (inteligência artificial) para elevar sua rentabilidade.
A iniciativa é fruto da parceria com a israelense Fetcherr, que também atende clientes como a brasileira Azul, a canadense WestJet, a britânica Virgin Atlantic e a mexicana Viva Aerobus.
Até o final deste ano, a Delta planeja que 20% de seus preços de passagens sejam determinados individualmente por IA — um avanço considerável em relação aos atuais 3%, que já representam o triplo de nove meses atrás. Segundo a Exame, a longo prazo, o objetivo é eliminar toda a precificação estática.
Para a Fetcherr, com apenas seis anos de existência, o sucesso dessa parceria pode representar uma porta de entrada para o maior mercado de aviação doméstica do mundo. Em 2022, o cofundador Robby Nissan afirmou que, após se consolidar na indústria aérea, a empresa pretende expandir para setores como hospitalidade, aluguel de veículos e cruzeiros.
Precificação personalizada na aviação
Mesmo sem a nova tecnologia, a precificação personalizada já é comum na aviação e no turismo. Companhias ajustam preços com base em fatores como histórico de compras, canal de venda e antecedência da aquisição. Por exemplo, empresas aéreas oferecem tarifas diferentes dependendo de como o cliente pesquisa ou compra, utilizando dados do navegador ou localização.
Programas de fidelidade e descontos exclusivos também são formas de personalização, com o objetivo de premiar clientes e incentivar compras recorrentes. No entanto, essas práticas ainda são limitadas quando comparadas às capacidades da IA, que possibilita uma segmentação ainda mais precisa, dinâmica, individualizada e automatizada.